Sete canções do Oasis para aquecer os shows dos Gallagher, em novembro, no Brasil
- Marcello Almeida
- 2 de ago.
- 4 min de leitura
Atualizado: 3 de ago.
Porque algumas canções não voltam ao passado — elas voltam para nos lembrar quem sempre fomos

Oasis está vivo. Não é exagero dizer que este é um dos retornos mais aguardados da história da música. Liam e Noel Gallagher deixaram de ser apenas lendas para se tornarem realidade outra vez — não em discos antigos, mas nos palcos, na carne, no suor. Em novembro, o Brasil verá uma banda que parou o tempo por duas décadas renascer diante de multidões famintas por catarse.
O Britpop pode ter sido o grito dos anos 90, mas agora é combustível para um presente ruidoso, urgente e carregado de história. Oasis volta não para repetir, mas para incendiar tudo outra vez. E, para aquecer esse momento, aqui estão sete canções que não podem faltar. Sete faixas que nasceram como hinos e agora retornam como epifanias ao vivo.

1. Live Forever

Era um manifesto. Agora é um reencontro com a imortalidade. Quando Noel escreveu “Maybe I just wanna fly”, ele estava desafiando a apatia do mundo. Hoje, essas palavras ganharão novas vozes no Brasil — milhares delas, unidas sob o mesmo céu, gritando que ainda vale a pena acreditar.
“Live Forever” não é apenas nostalgia: é resistência. É Liam cantando com o mesmo deboche de outrora, Noel soltando riffs que parecem socos de esperança. Em novembro, ela não será só um clássico: será a prova de que certas músicas nunca envelhecem — apenas esperam o momento certo para explodir outra vez.
2. Supersonic

A faixa que começou tudo continua soando como uma bomba prestes a detonar. “I need to be myself, I can’t be no one else” foi a senha para uma geração — e agora será o grito libertador de um estádio inteiro. Supersonic não pede licença, não envelheceu um segundo.
Quando Liam disparar o primeiro verso, vai ser como voltar a 1994, mas com a força bruta de 2025. Uma música que nasceu para soar alta, insolente, e que agora retorna ao habitat natural: o palco, com milhares de braços erguidos.
3. Wonderwall

Ela não precisa de apresentação — e, mesmo assim, quando os primeiros acordes ecoarem, o tempo vai parar. Wonderwall é mais que uma música: é um ritual. Está em casamentos, despedidas, reencontros. E agora estará em um estádio brasileiro, com Liam e Noel lado a lado, depois de anos de silêncio.
A cada “You’re gonna be the one that saves me”, vai existir um peso extra — como se fosse sobre eles, sobre nós, sobre tudo que sobreviveu ao tempo. Vai ser o ápice da comunhão: milhares de vozes, um refrão eterno.
4. Don’t Look Back in Anger

Um piano, um coro, e a redenção. Noel vai cantar, e o público vai tomar a música para si. Não é só um clássico, é catarse coletiva. Depois de duas décadas de brigas e distâncias, essa faixa ganha outro significado: perdoar, seguir em frente, recomeçar.
Quando chegar o refrão, não haverá diferença entre palco e plateia. Vai ser uma só voz, um só grito, lembrando que o passado pode ficar onde está. Em novembro, essa música não vai soar como ontem — vai soar como amanhã.
5. Champagne Supernova

Sete minutos de psicodelia, melancolia e grandeza. Uma faixa que sempre foi viagem, agora será imersão total. “Someday you will find me, caught beneath the landslide” vai ecoar como se o tempo tivesse parado e recomeçado ali, diante de todos nós.
Fechar os olhos durante Champagne Supernova será quase inevitável. Mas não feche: olhe para o palco, veja os Gallagher lado a lado, e entenda que essa avalanche sonora não é memória — é presente, pulsando em cada acorde.
6. Slide Away

Não foi single, mas é uma das mais amadas pelos fãs — e ouvir isso ao vivo, depois de tanto tempo, vai ser um privilégio raro. Slide Away é intensidade pura, escrita com urgência, cantada com alma. Em 94, era sobre amor e escape. Em 2025, será sobre reencontro.
Se ela entrar na setlist, será daqueles momentos que só quem está lá vai entender. Uma muralha sonora para mostrar que a emoção continua intacta, que o Oasis não perdeu nada. Absolutamente nada.
7. Stand By Me

Entre exageros e guitarras infinitas de Be Here Now, essa faixa sobreviveu como um farol. “Nobody knows the way it’s gonna be” nunca fez tanto sentido quanto agora. Porque ninguém sabia, de fato, que chegaríamos aqui — com Liam e Noel juntos outra vez, diante de nós.
Quando essa música soar, vai ser confissão, vai ser abraço, vai ser promessa: “Fique comigo, porque ainda estamos aqui”. E estaremos — cantando, chorando, acreditando.
Porque em novembro, não será só um show — será história acontecendo diante dos nossos olhos.
Bis: Don’t Go Away

Não há escolha mais simbólica para um bis. Don’t Go Away é uma oração, um pedido que ecoa além do amor — é um clamor para que esse momento não acabe. Quando Noel escreveu "so don't go away, say what you say", ele falava sobre perda, mas agora, em 2025, essas palavras vão soar como recado para todos nós: não vá embora, Oasis. Fique mais um pouco.
Imaginar Liam cantando isso, com Noel ao seu lado, é quase doloroso de tão bonito. Não será apenas música — será despedida e permanência ao mesmo tempo. Uma faixa que vai deixar o estádio suspenso no ar, no fio entre o passado e o presente, antes que as luzes se apaguem.
Parabéns pelo belíssimo texto!! Oasis é muito mais do que uma banda!! Cheeers!!!!!