Sem Blink-182 Lollapalooza Brasil vibra com Tame Impala e público adota Twenty One Pilots
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Sem Blink-182 Lollapalooza Brasil vibra com Tame Impala e público adota Twenty One Pilots

No sábado de evento, a banda britânica The 1975 também se apresentou. O músico, Matty Healy, o frontman queridinho

Twenty One Pilots se apresenta no Lollapalooza 2023 — Foto: Luiz Gabriel Franco/g1


Na segunda noite, o Lollapalooza Brasil 2023 soube lidar com o cancelamento repentino do trio Blink-182, que estava previsto para tocar no país pela primeira vez no evento. Os astros do pop punk foram substituídos pelo duo Twenty One Pilots depois da cirurgia que o baterista Travis Barker teve que fazer na mão.


Escalado para substituir o Blink 182 no Lollapalooza deste sábado (25), o Twenty One Pilots apresentou um espetáculo semelhante ao que já havia apresentado em São Paulo, há um ano. A apresentação, todavia, teve dois instantes que renovaram o repertório: uma do Blink 182 ("All the small things", em quase uma versão acústica) e um smashs de tributo ao Brasil, com o trompetista tocando "Garota de Ipanema", "Mas que nada" e "Baile de Favela".



Pode ser que os fãs mais enlouquecidos do Blink-182 tenham vendido ou cancelado as suas entradas antecipadamente, mas o que se sabe é que, no geral, o festival teve um dia menos problemático do que se esperava. A produção revelou que o público foi de 98 mil pessoas, cinco mil a menos que a véspera.


Não somente pelo desempenho dos artistas principais Twenty One Pilots, mas especialmente pelo da banda australiana Tame Impala. A dupla de bandas de rock psicodélico encerrou o palco secundário do festival com um show potente, de alto nível. O grupo foi abraçado por um baixo protagonista e pelo sucesso de Kevin Parker, criador e vocalista da banda, que subiu ao palco usando muletas, mas superou qualquer expectativa. O músico operou o quadril há duas semanas, mas manteve a sua presença nos Lollapalooza Brasil, Chile e Argentina.



O cantor, às vezes em pé e às vezes sentado com sua guitarra de som peculiar, encerrou a divulgação do disco “The slow rush” (2020) no Brasil. Para comemorar, tocaram a canção “Alter ego”, que é uma das preferidas dos fãs e é raramente apresentada nos últimos shows do grupo. As projeções com efeitos alucinogénios contribuíram para a atmosfera, mas o grande ponto alto foi a qualidade sonora apresentada aos presentes.


Logo depois, o duo Twenty One Pilots escolheu conquistar o público com uma experiência menos imersiva ao fechar o sábado da décima edição do Lollapalooza Brasil. O vocalista Tyler Joseph e o baterista Josh Dun, acompanhados por quatro músicos de apoio, usaram pirotecnias e efeitos cênicos para divertir os fãs.


Como é habitual nos espetáculos da dupla, em "Car Radio" o vocalista Tyler Joseph subiu em uma das arquibancadas do autódromo e cantou lá de cima. Os sucessos seguintes ("Stressed out" e "Heathens") foram mais animadores e bem-sucedidos do que a estripulia do cantor.


Em entrevista para o portal G1, antes do show, o baterista chegou a afirmar que fica muito "nervoso" quando vê seu colega de banda subindo cada vez mais alto.


"Sempre há algo que pode dar errado", ele explicou. "Há momentos em que a gente chega em um palco mais cedo e caminhamos para ver onde ele vai escalar e ele diz: 'É, eu vou escalar essa coisa'. E eu fico tipo: 'Você vai escalar aquela coisa?' Então, sim, isso pode me deixar nervoso, com certeza." (Via portal G1).

Twenty One Pilots no Lollapalooza Brasil 2023 — Foto: Maria Isabel Oliveira/ Agência O Globo

Não houve grandes surpresas no repertório que se baseou na turnê do disco "Scaled and icy" (2021). Isto se deve ao fato de que o Twenty One Pilots não fez outros shows solo desde que esteve em São Paulo pela última vez, em novembro passado. O fim contou com fogos de artifício, chuva de papel picado, labaredas de fogo e luzes piscando. Tudo ao mesmo tempo, com um certo exagero. Como é, de certo modo, o som da banda.


No sábado de evento, a banda britânica The 1975 também se apresentou. O músico, Matty Healy, o frontman queridinho dos jornais locais, fumou, bebeu (uma garrafa de uísque e uma garrafa de vinho) e até "roubou" a câmera profissional da transmissão do festival para fazer graça no palco. A banda indie teve êxito e Healy prometeu que a banda retornará para apresentações solo em janeiro de 2024.

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