Ringo Starr critica The Who após demissão de seu filho Zak Starkey
- Marcello Almeida
- há 13 horas
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Baterista expõe bastidores caóticos da banda e revela que foi pressionado a “mentir” sobre sua saída

A novela da saída de Zak Starkey do The Who ganhou um novo e emblemático capítulo — agora com a voz de um Beatle entrando em cena. Em entrevista à Rolling Stone, Zak revelou o que Ringo Starr, seu pai, achou da decisão do lendário grupo britânico de demiti-lo após décadas de estrada juntos.
A resposta foi direta, irônica e nada amistosa:
“Ele [Ringo Starr] disse: ‘Nunca gostei do jeito que aquele homenzinho comanda aquela banda’.”
O “homenzinho” em questão é Roger Daltrey, vocalista do The Who, cuja relação com Zak parece cada vez mais instável — e, segundo relatos, cheia de idas e vindas desconcertantes.
Starkey revelou que, mesmo após sua saída ter sido anunciada em abril, a banda ainda não parece saber ao certo o que fazer com ele:
“Falei com o Roger semana passada. Ele disse: ‘Não tire sua bateria do depósito, podemos ligar para você’. Que porra é essa? Esses caras são loucos pra caralho! Já fui demitido mais vezes do que o [falecido baterista do The Who] Keith Moon em dez dias.”
Zak afirma com todas as letras que foi “demitido”, enquanto Daltrey tenta suavizar a história, dizendo que o baterista teria sido “aposentado” para focar em outros projetos. Mais do que um desentendimento semântico, a situação expõe contradições internas que escaparam do controle da banda.
Em entrevistas anteriores, Starkey também declarou que recusou um convite para a turnê de reunião do Oasis por lealdade ao The Who — apenas para ser desligado dias depois. E mais: segundo ele, a banda ainda pediu para que ele mentisse sobre a saída, o que ele se recusou a fazer.
A última apresentação de Zak com o grupo aconteceu no Royal Albert Hall, em março, durante os shows beneficentes do Teenage Cancer Trust 2025 — e a performance, ironicamente, é agora lembrada como o estopim da crise.
Se o The Who foi conhecido pela fúria e caos criativo nos anos 70, parece que o espírito ainda vive. Só que agora, sem Keith Moon e com bem menos rock — e bem mais ressentimento.
Confira abaixo os vídeos da apresentação que desencadeou a polêmica.