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Måneskin aposta na dominação pop global com seu terceiro disco 'Rush!'

O terceiro disco do quarteto italiano apresenta uma produção grandiosa, mas tenta encaixar muitos requisitos.

Fotografia: Ilaria Ieie


A banda italiana Måneskin se tornou um fenômeno pelo mundo. Tal sucesso chegou como resultado da vitória no Eurovision em 2021, façanha que os tirou completamente de sua bolha fechada para o sucesso mundial. O quarteto é formado por: Damiano David, Victoria De Angelis, Ethan Torchio e Thomas Raggi. Quatro jovens que sabem que estão no melhor momento como banda e querem curtir e aproveitar a fase. O som do Måneskin não traz nada de revolucionário para se tornarem lendas do rock and roll, mas é preciso admitir que os italianos sabem fazer canções para agradar multidões em estádios pelo mundo afora.


A presença de palco do grupo, agrada desde os mais jovens aos mais velhos, trazendo aquelas características de bandas setentistas. Victoria De Angelis, a baixista da banda, esbanja sedução com seu rosto bonito no palco, Damiano David segura bem os vocais, e conduz o público a cantar sucessos como a regravação do hit de 1967 do grupo Frankie Valli and Four Seasons, "Beggin", canção responsável pela vitória do grupo no Eurovision.



'Rush!', o terceiro disco da banda surge como uma representação de como eles se tornaram uma atração tão adorada que, nos últimos 18 meses, todos, desde os mais ricos até as figuras mais questionáveis, queriam um lugar ao seu redor. Não é de espantar que esteja superaquecido em alguns aspectos. O trabalho conta com a produção do produtor Max Martin (Taylor Swift, Katy Perry).

'Rush!', é um disco que tenta cumprir todos os requisitos, com as canções cantadas em inglês, algo que acaba sobressaindo sobre as músicas gravadas em sua língua nativa. São sinais de que a banda quer explorar ainda mais o terreno do rock mainstream, outro exemplo pontual disso é a faixa "Gossip", que traz a participação de Tom Morello, guitarrista do Rage Against The Machine, uma canção que aponta uma pegada que emula a já citada "Beggin", a guitarra de Morello deixa o seu toque característico. "Timezone", tenta emular bandas dos anos 90 como Blur e Weezer. "BLa BLa BLa", pode ser descrita como um banger new wave.


São 17 faixas e, por isso, o disco pode parecer um pouco longo, como se eles não pudessem deixar nada de fora. No entanto, é divertido e com a energia de um clube de rock que mantém os olhos arregalados para que as coisas não fiquem monótonas. Com 'Rush!' eles se encaixam de forma explícita em um mundo decadente, imoral e sem rumo de festas, modelos sensuais e excesso de indulgência, tudo mostrado com uma piscadela de maquiagem e um figurino que faz sucesso ao vivo.



"Baby Said", assegura o caminho da banda e mostra o quanto são inteligentes e espertos em capturar a ideia de como agradar os fãs e atingir cada vez mais um público maior. "La Fine" revela que o sucesso pode ser uma caixa de Pandora. Aquela música feita para soar muito bem ao vivo e levar o público ao delírio. "Supermodel" vai te fazer lembrar de "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana e "The Lonelist" é aquela balada feita para agradar geral e tomar conta das rádios e virar trilha sonora de novela. O Måneskin realmente sabe onde pisar com seus pés pelo mundo da música.


'Rush!' cumpre a promessa do Måneskin de um álbum de rock, apresentando uma obra exagerada, inspiradora e enérgica simultaneamente.

 

Rush!

Måneskin


Lançamento: 20 de janeiro de 2023

Gênero: Rock, Rock Alternativo, Neo Glam

Ouça: "The Loneliest", "Baby Said", "La Fine"

Humor: Febril, Ambicioso, Confiante


 

NOTA DO CRÍTICO: 7,0

 


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