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Morrissey recusa convite para tocar em conferência do Reform UK e volta a gerar debate sobre política

Com Morrissey, até o silêncio político se transforma em ruído cultural

Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução

O site oficial de Morrissey revelou neste fim de semana que o ex-vocalista do The Smiths recusou um convite para se apresentar na conferência do partido de extrema direita Reform UK, realizada recentemente em Birmingham. Segundo a nota, o artista “recusou educadamente” o convite para que “Morrissey e sua banda” fizessem parte do evento.



O comunicado reforça que o cantor se considera “apolítico”, destacando que “nunca se filiou a um partido político nem votou em toda a sua vida”, embora tenha dito estar “grato pelo convite”.


A relação de Morrissey com pautas políticas polêmicas não é novidade. Em 2016, o músico celebrou o resultado do Brexit como “magnífico” e chegou a se referir a Nigel Farage, líder do Reform UK, como um “educador liberal”. As declarações lhe renderam duras críticas, incluindo de seu ex-companheiro de banda, Johnny Marr, que afirmou publicamente que os dois não tinham mais “muito em comum ideologicamente”.



A recusa ao convite pode soar contraditória para parte do público, já que Morrissey coleciona falas que frequentemente são interpretadas como alinhadas a discursos conservadores e nacionalistas. Por outro lado, ao declarar-se apolítico, o cantor parece reafirmar a postura individualista que sempre marcou sua carreira — uma posição que o mantém distante de rótulos, mas que não o isenta das reações intensas a cada pronunciamento.


Com Morrissey, até o silêncio político se transforma em ruído cultural.

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