Klaus Meine faz 77 anos: a alma do Scorpions segue imortal
- Marcello Almeida
- há 19 horas
- 2 min de leitura
O coração do Scorpions segue pulsando alto — e nos lembrando que o rock nunca foi só barulho

Ele entrou para o Scorpions em 1969, quando a banda ainda era apenas um esboço do que viria a ser. O mundo estava em chamas, o rock explodia em todas as direções, e ali estava Klaus Meine — um jovem alemão, franzino, com uma voz que parecia feita de aço e emoção.
Foi ele quem deu identidade ao som do Scorpions. Foi com ele que o grupo rompeu as barreiras da Alemanha, conquistou o mundo e fez história nos quatro cantos do planeta. Klaus não cantava apenas com a garganta — cantava com a alma. E isso nunca mudou.
Com seu timbre inconfundível, ele conduziu a banda por álbuns lendários como Blackout, Love at First Sting, Animal Magnetism e Crazy World, onde nasceram hinos como “Rock You Like a Hurricane”, “Still Loving You” e “Wind of Change” — esta última, mais do que uma música, uma cápsula do tempo. A trilha sonora de um planeta em transição. A canção que assobiou liberdade enquanto o Muro de Berlim desabava.
Klaus sobreviveu ao impossível. Enfrentou uma cirurgia nas cordas vocais nos anos 80, em pleno auge, e voltou ainda mais forte. Voltou como quem entende que a arte verdadeira resiste. E que a voz, quando vem de dentro, nunca silencia.
Hoje, aos 77 anos, ele segue nos palcos. Com a mesma entrega, o mesmo brilho no olhar. Comanda multidões como se o tempo tivesse parado em 1984 — ou como se a história ainda estivesse sendo escrita, nota por nota, show por show.
Klaus Meine não é apenas o vocalista de uma das maiores bandas de rock da história. Ele é o espírito do Scorpions. É o equilíbrio entre a fúria e a ternura. É o artista que nos ensinou que baladas podem ser mais pesadas que solos, e que o silêncio pode ser tão poderoso quanto um grito.
Hoje é dia de celebrar um homem que cantou o mundo, mesmo quando ele parecia surdo.
E que segue cantando — por nós, por ele, pelo tempo.
Parabéns, Klaus.
E obrigado por nunca abandonar o palco.
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