Julia Roberts defende The Smiths e reacende debate sobre separar o artista da obra
- Marcello Almeida

- 7 de out.
- 1 min de leitura
Entre a arte e o artista existe um território cinzento — e é nele que Julia Roberts escolheu ficar

Julia Roberts trouxe de volta uma questão que nunca envelhece: é possível amar a arte sem endossar o artista?
Em entrevista ao The Sunday Times, a atriz afirmou que continua fã do The Smiths, apesar de discordar das posições políticas de Morrissey, vocalista da banda.
O tema surge em seu novo filme, Depois da Caçada (After the Hunt), dirigido por Luca Guadagnino e com estreia internacional marcada para 10 de outubro. Em uma das cenas, um personagem se surpreende ao ouvir uma música do The Smiths — justamente por causa das polêmicas opiniões de Morrissey, que ao longo dos anos apoiou movimentos de extrema direita e fez declarações consideradas racistas.
Julia, no entanto, acredita que apagar o trabalho de artistas controversos pode empobrecer o entendimento humano.
“Eu amo The Smiths. Se ignorarmos coletivamente obras com as quais discordamos, nos enganamos e deixamos de compreender o todo”, disse a atriz.
Para ela, a resposta está na nuance — em distinguir o criador de sua criação, sem negar os erros, mas também sem simplificar a arte a um julgamento moral.
A fala reacende um debate que atravessa gerações: até que ponto conseguimos — ou devemos — separar o artista da obra?
Julia Roberts, com sua serenidade e lucidez, parece sugerir que o amadurecimento cultural começa justamente quando deixamos de exigir pureza da arte e passamos a encará-la com todas as suas contradições.















Sou negra e afirmo com convicção: o Morrissey NUNCA foi racista. Ele é perseguido porque não se curva a essa agenda Woke ridícula. É um dos poucos artistas que tem coragem de dizer o que pensa. Um homem que nos anos 80 teve peito de fazer um disco chamado The Queen is Dead jamais vai pagar pedágio para um monte de meninas retardadas e vitimistas de cabelo colorido que acham que estão salvando o mundo problematizando tudo e colocando pecha de "racista" e "fascista" em quem não pactua com seus delírios.
Vida longa ao Moz e a obra dos Smiths!