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Jonathan Ferr propõe esperança e positividade na música brasileira com seu disco 'Cura'



O pianista carioca Jonathan Ferr está de volta com um álbum lindo e maravilhoso. Pode-se pontuar como seu melhor trabalho até agora. ‘Cura’ é repleto de vida, sonhos, amor, paixões, dores, felicidade e tristeza, resistência e coragem. Um álbum profundo e emocional. Difícil não se emocionar ao ouvir essa verdadeira obra sinfônica que emana e exalta a vida e tudo aquilo que pode curar os males oriundos desse nosso chão de lutas e batalhas diárias. A música de Jonathan atua como uma terapia através do Jazz, Funk, R&B e o Rap, sempre presente. Ele consegue canalizar todos esses ritmos e criar composições exuberantes, que lembram muito Amaro Freitas outro grande pianista que lançou um baita disco esse ano também intitulado 'Sankofa'.


Jonathan Ferr faz do piano sua voz mais potente e verdadeira para contar em notas harmoniosas todas as histórias que precisam ser ditas e conhecidas através da nossa fabula chamada vida. O disco possui fortes pegadas da música contemporânea e do Jazz. Conexões que conectam o ouvinte com o seu eu pessoal, fazendo um convite para viajar em pensamentos. Um balsamo para renovar as forças e a esperança de dias melhores. A magistralidade dessa obra exótica, generosa, se inicia a partir da escolha do músico de abrir seu disco com a faixa "Sinos da Igrejinha", uma escolha pontual, considerando que a composição de domínio público funciona muito bem para se fazer uma introdução do que vem pela frente.

Uma das principais canções do álbum “Esperança” ganha voz no poema forte e preciso interpretado pelo ator Serjão Loroza. “Fora homofóbico! Misógino! Fora racista! Seu preconceito mata mais que mil fuzis”. Em “Nascimento” fica claro a homenagem ao grande compositor e cantor Milton Nascimento.

Uma faixa que vai crescendo gradualmente no decorrer dos seus seis minutos. O piano mais uma vez se sobressai. “Choro” enaltece os sons da MPB e Bossa Nova com pianos melódicos e pontuais, deixando aquele sentimento de que embarcamos em uma jornada mística um tanto coesa e medicinal. "Caminho" faixa que encerra o disco estabelece uma conexão espiritual que afaga a alma e aquece o coração, o piano no que lhe concerne ganha proporções expressivas e as notas ganham vida quando entra a filosofia poética da filósofa Viviane Mosé em ação.


'Cura' é uma obra singular repleta de nuances carismáticas, com canções muito bem definidas, sempre tendo como base e ponto de apoio o piano. Ferr nos concede uma viagem subliminar, uma experiência afável que ganha proporções cada vez mais expansivas entre o Jazz contemporâneo que flerta agridocemente com os ritmos da New Age, agraciando os ouvidos de quem parar para ouvir essa obra e prestar atenção a cada detalhe, cada som e notas emanadas dessa frequência sonora chamada 'Cura


Em "Felicidade" o entusiasmo e emoção de cada nota tocada por Jonathan no piano ganha uma voz poderosa, mesmo sem uma letra por trás a harmonia dessa faixa consegue passar seu otimismo e positividade em dias de lutas e incertezas. Uma faixa que desafia nossas incertezas e expectativas, consagrando a obra de Ferr como uma das melhores interpretações da música brasileira neste fatídico ano de 2021.


Mais um grande e poderoso disco nacional. Daqueles que afloram inúmeros sentimentos e emoções. A força musical de Jonathan Ferr é latente, arrebatadora e potente na medida certa. Perfeito do início ao fim.

Ficha Técnica:

Jonathan Ferr

Álbum: 'Cura'

Lançamento: 28 de maio de 2021

Gênero: Jazz, MPB, Instrumental

Ouça: "Esperança", "Caminho" e "Felicidade"

Para quem gosta de: Amaro Freitas




Ouça o disco no Spotify:


Veja o vídeo da faixa "Esperança" abaixo:



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