Javier Bardem protesta por “Palestina livre” no tapete vermelho do Emmy e anuncia boicote a instituições israelenses
- Marcello Almeida

- 15 de set.
- 1 min de leitura
Entre flashes e holofotes, o ator transformou o tapete vermelho em palco de denúncia

O ator espanhol Javier Bardem, indicado ao Emmy de melhor ator coadjuvante pela minissérie da Netflix Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, usou o evento deste domingo para protestar contra o conflito em Gaza. De keffiyeh no pescoço, ele declarou:
“Aqui estou hoje, denunciando o genocídio em Gaza. Palestina livre.”
Em entrevista à Variety, Bardem citou a Associação Internacional de Estudos de Genocídio (IAGS), que classificou as ações em Gaza como genocídio:
“Pedimos um bloqueio comercial e diplomático e também sanções contra Israel para parar o genocídio.”
O ator também reforçou sua adesão ao movimento de boicote cultural, assinado por cerca de 1.500 artistas:
“Não posso trabalhar com alguém que justifica ou apoia o genocídio. É simples assim. Não deveríamos poder fazer isso, nesta indústria ou em qualquer outra.”
Entre os signatários estão nomes de peso como Yorgos Lanthimos, Ava DuVernay, Adam McKay, Olivia Colman, Ayo Edebiri, Mark Ruffalo, Riz Ahmed, Tilda Swinton, Emma Stone, Gael García Bernal e Lily Gladstone.

Do outro lado, representantes do cinema israelense criticaram o movimento, comparado ao boicote cultural contra o apartheid sul-africano. Em comunicado ao The Guardian, Nadav Ben Simon, presidente do sindicato de roteiristas de Israel, classificou a ação como “profundamente preocupante e contraproducente”.
Na noite em que o Emmy celebrava estrelas, Bardem lembrou que o palco também pode servir para gritar por vidas além da indústria.















Comentários