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Especial Música Nordestina: 10 discos marcantes que glorificam a Paraíba

Esses discos mostram que a música paraibana é, acima de tudo, um território de criação, sentimentalismo e resistência

Foto: Freepik
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A música brasileira é uma das mais ricas do mundo, marcada por uma diversidade de ritmos, sons e estilos que revelam sua força cultural. De norte a sul, cada região contribui de forma significativa para esse ecletismo, consolidando o Brasil como uma verdadeira potência musical.



Mesmo com tamanha importância, muitos artistas e discos nordestinos ainda não recebem o reconhecimento merecido. Nomes que transitam pela MPB, rock, samba, forró, maracatu, samba-reggae e tantas outras vertentes continuam sendo tesouros escondidos da nossa cultura.

 

Por isso, o Teoria Cultural lança este especial dedicado em celebrar a música nordestina. Vamos destacar obras e artistas que marcaram o passado e seguem renovando o presente, merecendo espaço, respeito e, acima de tudo, audição atenta.


Nossa parada agora é na Paraíba, uma das forças mais vibrantes da música nordestina. Com uma identidade sonora rica, o estado moldou artistas que atravessaram fronteiras e ajudaram a definir o som do Brasil. Ela é um espelho da diversidade cultural do Nordeste com suas harmonias inspiradas em cordéis e poesias nas letras e em uma sonoridade que passeia por infinitos gêneros musicais com uma autenticidade admirável e referencial.


Ouça sem moderação!



  1. "Sivuca" (1973) - Sivuca

"Sivuca" (1973) - Sivuca
Imagem: Reprodução

Virtuoso da sanfona e arranjador de talento universal, Sivuca levou o som da Paraíba para o mundo. No disco “Sivuca”, lançado em 1973 nos Estados Unidos e em 1974 no Brasil, ele combina forró, jazz, MPB e música erudita com maestria.


A obra é uma viagem sonora que revela a genialidade de um artista à frente de seu tempo, capaz de unir tradição e sofisticação em cada acorde.



  1. “Cuban Soul: 18 Kilates” (1976) - Cassiano

“Cuban Soul: 18 Kilates” (1976) - Cassiano
Imagem: Reprodução

Nascido em Campina Grande, Cassiano é um dos precursores da soul music no Brasil. O álbum “Cuban Soul: 18 Kilates”, lançado em 1976, é uma joia rara que une groove, romantismo e sofisticação.


Com hits atemporais como "A Lua e Eu" e "Coleção" e com arranjos impecáveis e uma voz inconfundível, Cassiano influenciou gerações e abriu caminho para a música negra brasileira ganhar seu devido espaço.


 

  1. “A Peleja do Diabo com o Dono do Céu” (1979) - Zé Ramalho

“A Peleja do Diabo com o Dono do Céu” (1979) - Zé Ramalho
Imagem: Reprodução

Este clássico de Zé Ramalho é um marco do rock nordestino e da psicodelia brasileira. Em “A Peleja do Diabo com o Dono do Céu”, também conhecido como “Zé Ramalho 2”, foi lançado em 1979. Nele o artista cria um universo mítico que une cordel, profecia e crítica social.


O disco consolidou Zé como uma das vozes mais originais da MPB, misturando misticismo e realidade com letras que permanecem atuais e provocativas. Além disso, o disco possui hits atemporais como "Admirável Gado Novo", "Frevo Mulher", "Garoto de Aluguel (Taxi Boy)" e "Beira-Mar".



  1. "Não Despreze Seu Coroa" (1979) - Genival Lacerda

"Não Despreze Seu Coroa" (1979) - Genival Lacerda
Imagem: REPRODUÇÃO

Misturando forró com humor, rock e outros gêneros, o paraibano Genival Lacerda, em 1979, lançou "Não Despreze Seu Coroa", um de seus melhores discos de sua grandiosa discografia.


Elogiado por sua qualidade sonora, composições afiadas e estéticas clássicas que fazem desse álbum foi um marco importante da sua carreira com destaque para os hits atemporais "Radinho de Pilha" e "Rock do Jegue".



  1. "Isso é que é forró!” (1981) - Jackson do Pandeiro

"Isso é que é forró!” (1981) - Jackson do Pandeiro
Imagem: Reprodução

Considerado o “Rei do Ritmo”, Jackson do Pandeiro é uma lenda incontestável da música brasileira. No disco “Isso é que é forró!”, lançado em 1981, o artista reafirma sua genialidade rítmica e o domínio sobre o balanço nordestino.


A obra é um tributo à alegria do povo, com letras bem-humoradas e arranjos que mantêm viva a autenticidade do forró tradicional.



  1. "Coração Brasileiro" (1983) - Elba Ramalho

"Coração Brasileiro" (1983) - Elba Ramalho
Imagem: Reprodução

Elba Ramalho é um dos maiores símbolos da força feminina da música nordestina. Em “Coração Brasileiro”, lançado em 1983, ela mergulha em um som maduro, misturando forró, MPB e pop regional.


As canções exploram o olhar íntimo e poético da artista sobre o mundo, mantendo sempre o pulsar da Paraíba em sua voz poderosa e inconfundível.




7. "Ê Batumaré" (1992) - Herbert Vianna

"Ê Batumaré" (1992) - Herbert Vianna
Imagem: Reprodução

Herbert Vianna, líder e vocalista da banda de rock Os Paralamas do Sucesso, é paraibano! Em 1992, ele lançou "Ê Batumaré", seu primeiro disco solo.


Embora, na época do lançamento do disco, ele tenha tido pouca divulgação comercial e quase nenhum hit, ele é profundo e relevante por mostrar que o músico é ousado em trazer misturas de gêneros musicais, ter um experimentalismo cativante, composições bem poéticas e servir como ponte para o álbum "Severino" disco que Os Paralamas do Sucesso lançaram em 1994.




  1. “Aos Vivos” (1995) - Chico César

“Aos Vivos” (1995) - Chico César
Imagem: Reprodução

Gravado ao vivo, “Aos Vivos”, lançado em 1995, marca a estreia de Chico César e se tornou um clássico instantâneo. Com sua mistura de xote, samba, influências do rock e MPB, o álbum apresenta canções que se tornaram hinos da cultura popular, como “Mama África” e “À Primeira Vista”.


É uma obra de pura emoção e identidade nordestina, com letras que equilibram humor, crítica e ternura.



  1. “Samba da Minha Terra” (2004) - Cabruêra

“Samba da Minha Terra” (2004) - Cabruêra
Imagem: Reprodução

Com uma sonoridade ousada e global, a banda Cabruêra representa a nova geração da música paraibana. Em “Samba da Minha Terra”, lançado em 2004, o grupo mistura ritmos tradicionais nordestinos com rock, reggae e música eletrônica.


O resultado é um disco vibrante e plural, que reafirma a capacidade da Paraíba de reinventar suas tradições sem perder as raízes.




  1. “No Rastro de Catarina” (2024) - Cátia de França

“No Rastro de Catarina” (2024) - Cátia de França
Imagem: Reprodução

Lançado em 2024, “No Rastro de Catarina” é um testemunho da vitalidade criativa de Cátia de França. A artista celebra o feminino, a ancestralidade e a natureza nordestina em composições que transitam entre o lirismo e a experimentação.


O disco reforça o papel da Paraíba como um grandioso celeiro de inovação musical e poética.



Esses discos mostram que a música paraibana é, acima de tudo, um território de criação, sentimentalismo e resistência. Sua música atravessa o tempo, une gerações e mantém viva a alma do Nordeste. Esse estado traz discos e artistas que são únicos, atemporais e importantes para a identidade musical do Brasil.

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