"A partir do momento que eu dei a notícia do que estava acontecendo, eles não falaram mais comigo"
Eloy Casagrande, baterista que recentemente se juntou ao Slipknot, esclareceu em uma entrevista que nunca foi oficialmente parte do Sepultura, atuando apenas como músico contratado. Casagrande deixou o Sepultura em fevereiro, antes da turnê de despedida da banda, devido ao convite para integrar o Slipknot, uma oportunidade que ele sentiu não poder recusar.
Razões para a mudança
Em conversa com o Uol, Casagrande mencionou que a decisão de se juntar ao Slipknot foi motivada principalmente pelo fim do Sepultura e seu desejo de continuar tocando profissionalmente:
"O primeiro fator para eu querer tocar no Slipknot foi o fim do Sepultura. Eu tenho 33 anos. Respeitei a decisão do Andreas [Kisser, guitarrista e líder da banda], mas eu precisava seguir com minha vida. O convite do Slipknot não tinha como esperar um ano. Era sim ou não."
Atrito com ex-colegas
A saída de Casagrande gerou tensão entre ele e seus ex-colegas de banda. O baterista explicou que assinou um termo de confidencialidade quando aceitou a oferta do Slipknot, o que complicou a comunicação com o Sepultura:
"A partir do momento que eu dei a notícia do que estava acontecendo, eles não falaram mais comigo, e acho que pediram pra ninguém da equipe vir mais falar comigo. Mas eu mantenho um carinho muito grande por eles."
Clarificação sobre sua condição no Sepultura
Casagrande também destacou que nunca foi um membro oficial do Sepultura, mas sempre atuou como um músico contratado:
"Eu tomei essa atitude também, porque eu nunca fiz parte do Sepultura, sempre fui um músico autônomo, sempre fui um músico contratado da banda. Então, a partir do momento que eu tomei essa atitude, é porque eu tinha liberdade, não é que eu fazia parte do contrato social do Sepultura."
Resposta de Andreas Kisser
Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, comentou sobre a saída repentina de Casagrande, considerando-a estranha, mas reconhecendo o talento do baterista:
"Acho que o fato de ele ir para o Slipknot é normal, pela qualidade de baterista que ele tem... Pode tocar em qualquer banda do mundo, sem dúvida nenhuma. Mas acho que o momento e a maneira como ele escolheu fazer foi bem esquisita. Cada um é livre para escolher o que fazer e como fazer, e arquem com as consequências."
A transição de Eloy Casagrande para o Slipknot reflete as complexidades das mudanças de carreira no mundo da música, especialmente quando envolvem bandas renomadas e turnês de despedida.
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