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Cinco canções para ouvir com seu pai e descobrir que o amor tem melodia

Quando a música abraça o silêncio entre pai e filho

Imagem: Reprodução
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Às vezes, a gente não precisa dizer nada. Basta deixar uma canção falar. Ela chega onde a voz não alcança, onde o gesto hesita, onde a memória se esconde. E não é curioso? Algumas músicas parecem nascer para atravessar gerações, para sentar entre duas pessoas e costurar um diálogo que não cabe nas palavras. É nesse intervalo – entre o ontem e o agora – que cinco canções se tornam pontes. E, talvez, ao ouvir com seu pai, você perceba: o tempo muda tudo, mas certas melodias não envelhecem.



1. “Father and Son” – Cat Stevens

Cat Stevens
Imagem: Reprodução

Não é só uma música, é uma conversa. O pai tentando explicar o peso da prudência, o filho querendo correr com o vento. Um duelo de amor e de visões, onde ninguém está realmente errado. É sobre o que não se entende na juventude e o que só se descobre quando a vida já riscou alguns mapas no rosto.


Stevens não canta apenas sobre gerações – ele canta sobre nós, sobre a impaciência de partir e a urgência de proteger. Ouça com seu pai e perceba: no fundo, ambos estão tentando salvar um ao outro.



2. “O Mundo é um Moinho” – Cartola

Cartola
Imagem: Divulgação

Cartola não precisava levantar a voz para fazer o mundo parar. Essa canção é um aviso, mas também um carinho. É um abraço que alerta. Uma mão que segura enquanto a outra aponta o perigo. Ao lado do pai, essa música ganha outro peso – ele não precisa falar alto para você ouvir.


É como se cada verso dissesse: “Eu sei por onde você quer ir, e mesmo assim, eu vou torcer para que volte inteiro.” Difícil não se emocionar com a verdade que se esconde entre as notas.



3. “My Father’s Eyes” – Eric Clapton

 Eric Clapton
Imagem: Reprodução

Clapton olha para o pai que nunca conheceu e, ainda assim, encontra reflexos. Não é só sobre ausência, é sobre procurar e, de algum modo, encontrar. É sobre herança invisível, gestos que se repetem sem que a gente perceba. Escutar com seu pai, mesmo que ele esteja presente, é lembrar que os olhos carregam histórias que não contamos.


Talvez você descubra que, nos olhos dele, há perguntas que nunca fez – e respostas que sempre estiveram lá.



4. “Pai” – Fábio Jr.

Fábio Jr.
Marcos Hermes/divulgação

Clássico. Direto. Sem truques. Uma declaração que não esconde emoção, que não teme ser óbvia, porque o amor entre pai e filho não precisa de enfeite para ser grandioso. É música para cantar junto, mesmo desafinado. Para lembrar de viagens, churrascos, abraços demorados. O tipo de canção que você não ouve sozinho – ela pede companhia.


E, quando seu pai estiver ao seu lado, repare: talvez ele cante mais baixo, talvez ele sorria no meio, talvez ele só feche os olhos. Tudo isso é amor.



5. “Song for Dad” – Keith Urban

Roy Rochlin, Getty Images
Roy Rochlin, Getty Images

Keith Urban escreveu um retrato. Não daqueles que ficam na parede, mas dos que moram na memória. É sobre ver, aos poucos, o próprio reflexo se misturar ao do pai. A letra fala de repetir passos, mas com orgulho.


De perceber que o tempo, ao invés de afastar, aproxima. Com seu pai, essa canção vira confissão silenciosa: “Eu me tornei quem sou porque você foi quem foi.” E isso, dito ou não, é um presente que não tem preço.





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