Bill Ward se emociona com reunião no show final do Black Sabbath
- Marcello Almeida
- há 6 dias
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“Eles pontuam o quanto sentimos falta um do outro”

O tempo pode apagar rostos, mas não apaga sentimentos. Bill Ward, o lendário baterista do Black Sabbath, ainda está digerindo o que viveu no último sábado (5), quando subiu novamente ao palco com Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler para o histórico encerramento da banda no festival Back to the Beginning, em Birmingham.
Ausente das turnês finais e do último álbum do grupo, Ward protagonizou uma volta simbólica e carregada de emoção, não apenas para os fãs, mas para ele mesmo. Dias após o evento, o músico usou as redes sociais para compartilhar um depoimento sincero e tocante sobre o reencontro com seus velhos companheiros de banda (via TMDQA).
“Preparando uma terceira mala para voltar aos Estados Unidos. Os apertos de mão, os abraços e as palavras gentis dos meus colegas músicos ainda estão presentes na minha memória — muitas vezes esmaecida — mas agora tão vívidas. Momentos valiosos, duradouros, guardados. Eles me lembram do quanto sentimos falta uns dos outros.”
Em outro trecho, o baterista falou sobre a emoção de retomar seu lugar na engrenagem do Sabbath, ainda que por instantes, e agradeceu calorosamente a todos os envolvidos:
“Estar com o ‘Iron Man’ e os ‘War Pigs’, batucar novamente, alcançar minhas partes musicais perdidas… e, mesmo que brevemente, viver a realidade das memórias. Obrigado a Tony, Geezer e Oz, às equipes, a todos que tornaram isso possível e, mais importante ainda, aos metaleiros que se abraçaram tanto e deram seu amor fanaticamente. A todos, obrigado, obrigado. Vocês são verdadeiramente imortais. Beijos.”
A declaração ganhou ainda mais peso diante das palavras que Ozzy Osbourne havia dito no ano passado, quando admitiu arrependimento por ter gravado o álbum 13 sem a participação de Ward:
“Não consigo me lembrar por que Bill não participou. Tenho que ser sincero. Não era realmente o Black Sabbath porque Bill não estava lá. Quero dizer, se você tivesse Ginger Baker tocando com os Beatles, não seriam os Beatles.”
Ozzy também relembrou que a ausência de Bill nas últimas turnês sempre deixou uma lacuna aberta — uma despedida incompleta. E foi por isso que o reencontro de julho se fez tão necessário: para que a história terminasse do jeito certo — com todos juntos.
O Sabbath pode ter encerrado sua jornada nos palcos, mas com essa última reunião, algo essencial foi restaurado: o laço entre quatro irmãos que criaram não só uma banda, mas um pilar eterno do rock pesado.
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