Arcade Fire emociona público no Lollapalooza ao tocar 'Águas de Março' em versão indie
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Arcade Fire emociona público no Lollapalooza ao tocar 'Águas de Março' em versão indie

A percussionista brasileira Silvanny Sivuca, de Paraisópolis, também acrescentou uma dimensão especial à apresentação.

Arcade Fire se apresentou na primeira noite do Lollapalooza 2024
Foto: Taba Benedicto/Estadão / Estadão


O retorno triunfante da banda Arcade Fire ao palco do Lollapalooza 2024, na noite de sexta-feira, 22 de março, marcou não apenas o aguardado retorno do grupo canadense ao Brasil após um hiato de sete anos, mas também uma ressurgência após controvérsias envolvendo o vocalista Win Butler em 2022.


O ambiente tenso que antecedeu a apresentação foi dissipado pela energia vibrante do grupo e pela recepção calorosa dos fãs.


O evento, realizado no Autódromo de Interlagos, não poupou os espectadores de uma típica chuva de festival, que marcou mais da metade da performance da banda. No entanto, a entrega apaixonada do Arcade Fire no palco trouxe um senso de alívio e comunhão ao público presente.



O momento inicial de conexão ocorreu quando Win Butler adentrou o palco segurando a bandeira brasileira, um gesto que foi calorosamente recebido pelos fãs. Durante a apresentação, a banda revisitou alguns de seus sucessos, incluindo faixas do álbum de estreia "Funeral", lançado há duas décadas, como "Neighborhood #1", "Rebellion" e "Neighborhood #2", proporcionando uma amostra da turnê comemorativa do disco.


Além disso, a banda prestou homenagem ao Brasil ao interpretar "Águas de Março", de Tom Jobim, com Régine Chassagne cantando os primeiros versos em português, seguidos pela versão em inglês. A participação da percussionista brasileira Silvanny Sivuca, de Paraisópolis, também acrescentou uma dimensão especial à apresentação e recebeu elogios de Win Butler.



Arcade Fire também reservou espaço para seu álbum mais recente, "We", lançado em 2022, apresentando faixas como "Age of Anxiety", cujas composições minimalistas refletem temas de medo e solidão, explorados durante o período da pandemia.


Apesar das controvérsias envolvendo o líder, Win Butler, nos últimos dois anos, o público presente no Lollapalooza desta sexta-feira (22) pareceu não dar muita importância a esses problemas. Os músicos, por sua vez, não deixaram transparecer qualquer impacto negativo, entregando uma performance tão vibrante quanto em suas apresentações anteriores no país.



Os fãs imergiram na atmosfera do show, que se desenrolou em meio a uma pista de dança. A entrada dos artistas no palco Samsung Galaxy, ao som de uma versão remixada de "Rabbit Hole" e com um imponente globo de festa giratório sobre eles, marcou o início de um espetáculo envolvente.



Durante a execução de "Unconditional I (Lookout Kid)", grandes bonecos coloridos invadiram o palco, incentivando muitos espectadores a erguerem seus celulares para capturar o momento. Eles apresentaram uma seleção de músicas que abrangeu diversas fases da trajetória do Arcade Fire.


Canções como "Rebellion (Lies)", "Reflextor", "The Suburbs", "The Lighting" e "Everything Now" foram incluídas no repertório. Os momentos mais nostálgicos, especialmente aqueles provenientes dos álbuns "Funeral" e "The Suburbs", foram os que mais cativaram o público.


O clímax da noite veio com "Wake Up", um dos maiores sucessos da banda, que ecoou como um hino indie, transmitindo uma mensagem de reflexão e redenção, especialmente apropriada para os desafios enfrentados pelo Arcade Fire nos últimos anos.



Diante da efusiva recepção do público brasileiro, Win Butler não poupou elogios ao país, declarando-o como o melhor lugar para se apresentar.

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