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Aladdin Sane: por que David Bowie virou a “Mona Lisa do pop”

Um rosto pode mudar o destino da arte

Aladdin Sane: por que David Bowie virou a “Mona Lisa do pop”
Foto: Brian Duffy


A capa de “Aladdin Sane”, de David Bowie, tornou-se a Mona Lisa do pop. Entenda o enigma por trás da foto icônica de Brian Duffy.


Em 1973, David Bowie já não era apenas um músico. Era um enigma. Um personagem múltiplo, feito de carne, música e imaginação. Depois de transformar o mundo com Ziggy Stardust, ele surgia na capa de Aladdin Sane com o rosto atravessado por um raio vermelho e azul. Olhos cerrados, expressão indecifrável. Um retrato que, em pouco tempo, se tornaria tão icônico quanto o sorriso da Mona Lisa.



A fotografia, feita por Brian Duffy, é mais do que uma capa de disco. É um marco visual da cultura pop. Assim como o quadro de Da Vinci, ela não se explica: convida à contemplação. O olhar distante de Bowie ecoa o mesmo mistério que há no sorriso de Mona Lisa. Ambos parecem guardar segredos que não podem ser revelados, apenas intuídos.


Chamá-lo de “Mona Lisa do pop” não é exagero. A imagem de Aladdin Sane atravessou gerações, estendeu-se para além da música e se fixou no imaginário coletivo. Está em camisetas, murais, capas de revista, exposições. Não é só um rosto pintado — é um símbolo daquilo que nunca envelhece: o poder do enigma.


A Mona Lisa guarda o silêncio do Renascimento. Bowie, com seu raio e seu olhar vazio, guarda o mistério da era moderna. Ambos são retratos eternos que resistem ao tempo, sempre abertos a novas interpretações.


Se a Mona Lisa é o sorriso mais enigmático da pintura, David Bowie em Aladdin Sane é o olhar mais indecifrável da música.

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