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Adeus, Amigão: morre Paulo Soares, voz leve e inesquecível do jornalismo esportivo

Um comunicador que transformou notícia em conversa e esporte em afeto

Paulo Soares
Imagem: Reprodução

O jornalista e apresentador Paulo Soares, conhecido carinhosamente como Amigão, morreu nesta segunda-feira (29), em São Paulo, aos 63 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado há cerca de cinco meses no Hospital Sírio-Libanês, tratando complicações decorrentes de problemas na coluna.



O velório será realizado ainda hoje, das 13h às 17h, no Funeral Home, na Bela Vista, região central da capital paulista.


Figura central da ESPN desde os anos 1990, Amigão se tornou referência na televisão esportiva brasileira ao lado de Antero Greco, com quem dividiu por mais de duas décadas a bancada do SportsCenter. Criado em 2000, o programa nasceu durante a cobertura das Olimpíadas de Sydney e se transformou em espaço de leveza e paixão pelo esporte. Juntos, Amigão e Antero marcaram gerações de torcedores, provando que notícia também pode ser emoção e humor.


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Antes da televisão, Paulo Soares construiu sua trajetória no rádio, passando por emissoras como Record, Globo e Bandeirantes. Também trabalhou na Gazeta, Record e Cultura, até chegar à ESPN, onde encontrou o palco definitivo de sua carreira.



Carismático, bem-humorado e dono de uma comunicação afetuosa, Amigão foi muito mais do que apresentador: era companhia de madrugada para quem buscava informação, voz que aproximava esporte e cotidiano, presença que lembrava que, por trás de cada placar, havia sempre uma boa história a ser contada.


Com a morte de Paulo Soares, o jornalismo esportivo perde não apenas um de seus rostos mais reconhecíveis, mas sobretudo um jeito único de falar com as pessoas — direto, humano, cúmplice.


Ele se vai, mas sua voz segue ecoando nas memórias de quem aprendeu a amar o esporte com o seu “boa noite” tão familiar. Porque algumas presenças, mesmo fora do ar, nunca se desligam.

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