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Acompanhante Perfeita destaca o uso da IA dentro de uma trama com reviravoltas e que reúne diversos gêneros



Um filme que coloca em xeque o uso da IA e o impacto em nossas vidas

Cena do filme Acompanhante Perfeita
Créditos: Warner Bros Pictures / Divulgação

Com todas as discussões acontecendo em volta do uso da Inteligência Artificial, seria mais do que comum o Cinema começar a abordar mais esse tema. É o que está acontecendo na atualidade com inúmeras produções que encontramos à disposição. Não apenas isso, a utilização da IA no próprio Cinema foi um dos principais temas da greve de atores e roteiristas de 2023.

 

Seja a IA monitorando uma família (Diabólica, 2024), seja organizando as tarefas de uma casa como cozinhar (Margaux, 2022), a ideia é tecer reflexões sobre os perigos e o uso exagerado dessa tecnologia que avança e está ao nosso lado, cada vez mais ganhando força.

 

Essa onda acabou sobrando para o diretor e roteirista Drew Hancock. Entretanto, em seu primeiro longa-metragem intitulado Acompanhante Perfeita (Companion, 2025), ele não deseja entregar prontamente o comportamento da IA. Para isso, cria até um cenário romântico e descontraído nos 15 minutos iniciais e não fosse pela sinopse em alguns sites, nem saberíamos que Iris, a personagem principal, é um robô.

 


O feliz e intenso casal de namorados Íris (Sophie Tatcher) e Josh (Jack Quaid) é convidado a passar um final de semana na casa isolada de Sergey (Rupert Friend), um russo rico e hedonista. Junto com mais três amigos, a estadia não parece ser tão pacífica assim e aos poucos vai revelando as verdadeiras intenções de alguns convidados. É quando as coisas começam a se complicar.

 

Hancock trabalha com vários gêneros: Sci-fi, Thriller Psicológico, Humor Negro e Ação. Sem cair para questões e divagações tecnológicas demais, a película não tem medo de atingir momentos por vezes sangrento, assustadores ou em outros até divertidos.

 

Tudo poderia desabar quando o espectador descobre quem é o vilão. Entretanto, o diretor segura seu filme com reviravoltas e surpresas (sem spoilers aqui), numa série de eventos em que a IA é dominada pelo homem ou vice-versa, mesmo quando algumas cenas acabem forçadas demais ou ainda se espelhem naquela teoria criada pelo Cinema de que máquinas sentem dores. 


Crédito: Warner Bros Pictures / Divulgação
Crédito: Warner Bros Pictures / Divulgação

Interessante notar como a tecnologia na vida moderna é abordada a todo instante. A chegada de Íris na vida de Josh, um cara solitário que agora tem a oportunidade de uma companheira, embora robô. Além disso, o próprio Josh é um adepto vivaz da tecnologia com seu carro que obedece aos comandos de voz e que pode até retornar automaticamente para casa. Com um celular, ele é capaz de mudar desde a aparência até o comportamento de Iris.

 

Sophie Tatcher e Jack Quaid se encaixam bem em seus personagens. Interessante saber que ambos estão em ascensão e que atuam em outras produções além das séries que os deixaram bastante famosos (Yellowjackets e The Boys, respectivamente). O filme ainda conta com Lukas Gage, um dos novos galãs da nova geração do Cinema (famoso pelas séries The White Lotus e Euphoria).

 

Um dos atrativos do filme é sua eclética trilha sonora. Canções que embalam cenas cruciais. O espectador pode conferir vários nomes como o obscuro grupo 80’s Book Of Love (‘Boy'), Goo Goo Dolls ('Iris'), The Turtles (‘You Showed Me’). A cantora australiana Samantha Sang em parceria com Bee Gees solta o clássico ‘Emotion’ conferindo a oportuna música dos créditos finais (não pule os créditos, vale a pena).

 

Acompanhante Perfeita captura uma crítica aos usos e costumes de uma época atual onde criações tecnológicas cada vez mais avançadas chegam para nós, humanos. Por mais que a produção tenha seus deslizes e exageros, ao menos entrega uma narrativa que, novamente, coloca em xeque o uso da IA dentro da nossa vida moderna.

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Acompanhante Perfeita

Companion


Ano: 2025

Gênero: Ficção Científica, Terror, Thriller

Direção: Drew Hancock

Roteiro: Drew Hancock

Elenco: Sophie Tatcher, Rupert Friend, Jack Quaid, Lukas Gage

País: Estados Unidos

Duração: 97 min

NOTA DO CRÍTICO: 6,5

Trailer:


 


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