Taylor Hawkins: O coração pulsante do Foo Fighters que segue imortal
- Marcello Almeida
- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Três anos sem Taylor Hawkins

O tempo passa, mas certas ausências continuam a ressoar como um bumbo bem marcado, como um prato que nunca silencia. Há três anos, o mundo do rock perdeu Taylor Hawkins, e ainda é difícil aceitar que aquele furacão loiro, sempre sorrindo atrás da bateria do Foo Fighters, não está mais entre nós. Taylor não era só um baterista. Era a alma rebelde, o motor incansável, o combustível emocional que fazia a engrenagem da banda girar com fúria e paixão.
Se Dave Grohl sempre foi o rosto e a voz do Foo Fighters, Taylor era o coração pulsante. A química entre os dois ia além da música; era uma irmandade forjada no suor dos palcos e na energia explosiva das canções. “Sei que quando Taylor está atrás de mim na bateria, eu posso fazer qualquer coisa”, disse Grohl uma vez. Era verdade. Com Hawkins segurando o ritmo, a banda soava maior, mais intensa, mais viva.
Antes de se tornar esse gigante do rock, Hawkins já mostrava sua força nas baquetas acompanhando Alanis Morissette nos anos 90. Mas foi no Foo Fighters que encontrou seu verdadeiro lar. O jeito com que tocava – sempre no limite entre o controle absoluto e o caos criativo – fazia com que cada música ganhasse uma urgência única. Ele não era apenas técnico; ele sentia cada batida, transformava cada virada de bateria em um grito de liberdade.

Fora dos palcos, Taylor era aquele cara que você queria ter como amigo. Carismático, engraçado, apaixonado por música. Ele idolatrava Roger Taylor, do Queen, e idolatrava ainda mais seus companheiros de banda. Seu amor pelo rock ia além do Foo Fighters – ele vivia para tocar, para criar, para manter acesa a chama dos grandes bateristas que o inspiraram.
A perda de Hawkins em março de 2022 foi um golpe brutal para o rock. O Foo Fighters, que sempre se ergueu após tragédias, precisou encontrar forças para seguir. E seguiram, porque é isso que Taylor gostaria que fizessem. Mas a verdade é que ninguém toca como ele. Ninguém sorri como ele atrás da bateria.
Taylor se foi, mas sua música continua. Nos discos, nos shows, na memória de quem já viu aquele furacão em ação. Três anos depois, seu legado ainda reverbera, alto e forte. Porque um coração como o dele nunca para de bater.
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