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Quando o rock alternativo explode a cabeça: 6 faixas que acendem tudo por dentro

Abaixo, seis faixas que não apenas marcaram época, mas que também continuam explodindo cabeças, reinventando o sentir, o ouvir, o existir

Radiohead

O rock alternativo tem um estranho dom: ele cutuca onde ninguém mais alcança. São músicas que chegam como faísca e viram incêndio por dentro — mexem com a alma, com a estética e com o tempo.


Abaixo, seis faixas que não apenas marcaram época, mas que também continuam explodindo cabeças, reinventando o sentir, o ouvir, o existir.




1. “Only Shallow” – My Bloody Valentine (1991)

cliep de “Only Shallow” – My Bloody Valentine
Imagem: YouTube

Logo nos primeiros segundos, o muro de guitarras parece desabar como avalanche. “Only Shallow”, faixa de abertura do Loveless, não é apenas uma canção, é um portal sensorial. Kevin Shields criou aqui uma nova gramática sonora — distorcida, etérea, violenta e delicada ao mesmo tempo. O shoegaze nascia como forma de transcendência.


Ouvir essa faixa de olhos fechados é como mergulhar num sonho onde o ruído é puro afeto.



2. “Hyperballad” – Björk (1995)

Björk

Quando Björk canta que imagina se jogando de um penhasco todas as manhãs, só pra sentir que está viva, ela está nos entregando uma das metáforas mais belas e doloridas da música alternativa. Em Post, “Hyperballad” mistura batidas eletrônicas, cordas e uma voz que paira como espírito.


É uma confissão dançante, uma poesia sobre amor, rotina e sobrevivência — um hino para quem sente demais e não tem onde colocar tudo isso.



3. “Fake Plastic Trees” – Radiohead (1995)

Thom Yorke no clipe de Fake Plastic Trees
Imagem: Reprodução

Essa canção é uma ferida aberta em forma de balada. Quando Thom Yorke escreveu “Fake Plastic Trees”, a banda ainda não era o monstro que viria a ser. Mas ali já estava o coração partido do alternativo dos anos 90. Um violão melancólico, cordas suaves e uma letra que escancara o desencanto com a artificialidade do mundo moderno. A explosão vem no grito do refrão — é quando a dor se transforma em catarse.




4. “1979” – The Smashing Pumpkins (1996)

Billy Corgan cno clipe da música 1979
Imagem: YpuTube

Billy Corgan não escreveu uma música. Escreveu uma memória coletiva. “1979” soa como adolescência em câmera lenta: os subúrbios, a fuga, o tédio e a beleza de não saber o que virá. As guitarras suaves e batidas eletrônicas criam uma atmosfera nostálgica que embriaga. O alternativo aqui não é só som: é fotografia, é tempo, é rito de passagem. Cada verso é um suspiro que se perdeu na estrada e voltou como música.




5. “Rebellion (Lies)” – Arcade Fire (2004)

 Arcade Fire
Imagem: Reprodução

Essa é daquelas músicas que você sente como um chamado. Uma marcha. Uma revolução particular. O Arcade Fire estreava com Funeral e já deixava claro que não tinha medo de sentir alto. “Rebellion (Lies)” é sobre acordar — da infância, das mentiras, da apatia. O piano pulsante, os coros, os violinos: tudo parece crescer como um coração batendo forte, cada vez mais. Uma canção que não se ouve, se vive.



6. “New York” – St. Vincent (2017)

 St. Vincent
Foto: Reprodução/Youtube

Annie Clark transformou o luto em arte brilhante. “New York” é minimalista, crua e devastadora. Não há guitarras explosivas aqui, mas o impacto é como um soco. É sobre perder uma pessoa, uma cidade, uma identidade — e sobreviver mesmo assim. Ela canta com uma vulnerabilidade afiada, como se cada palavra estivesse na beira do abismo. O rock alternativo também é isso: silêncio que grita, tristeza que ilumina.





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