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Morre Brian Wilson, fundador dos Beach Boys e gênio absoluto da música pop, aos 82 anos

Criador de Pet Sounds e arquiteto do som dos Beach Boys, músico enfrentava problemas neurológicos nos últimos anos

Foto: Reprodução/YouTube
Foto: Reprodução/YouTube

Brian Wilson, um dos maiores visionários da música do século 20, fundador dos Beach Boys e mente criativa por trás de álbuns que redefiniram o pop, morreu aos 82 anos. A notícia foi confirmada pela família do músico nesta segunda-feira (9), em uma publicação nas redes sociais. A causa da morte não foi revelada.



“Estamos de coração partido ao anunciar que nosso amado pai, Brian Wilson, faleceu. Neste momento, estamos sem palavras. Pedimos que respeitem nossa privacidade enquanto nossa família está de luto. Sabemos que estamos compartilhando nossa dor com o mundo.”


Brian enfrentava problemas de saúde há anos, e em 2024 foi revelado que ele lidava com um quadro neurológico semelhante à demência, embora o diagnóstico nunca tenha sido oficialmente confirmado.


Mais do que um frontman, Wilson foi uma força criativa transformadora. Ao lado de seus irmãos Dennis e Carl, do primo Mike Love e do amigo Al Jardine, fundou os Beach Boys e criou uma das discografias mais inventivas e melódicas da música americana. Sua habilidade única de compor, arranjar e produzir canções complexas com estrutura simples virou escola — e revolução.



Pet Sounds, lançado em 1966, é o maior símbolo de sua genialidade. Embora tenha sido recebido com estranheza na época, o disco se tornou um marco na história da música moderna, influenciando de Beatles a Radiohead, de Pink Floyd a Tame Impala. Faixas como “Wouldn’t It Be Nice” e “God Only Knows” redefiniram o conceito de produção musical. O álbum está preservado na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos como tesouro cultural.


Brian Wilson também enfrentou batalhas internas profundas. Seus problemas de saúde mental e os abusos que sofreu durante a vida são parte do seu legado — não como fardo, mas como testemunho de sua resiliência. Ele sobreviveu a si mesmo, ao mercado, às drogas, às perdas e ao silêncio.



Hoje, o mundo perde um dos maiores cérebros da música. Mas sua obra — luminosa, triste, sublime — continua a tocar gerações como se fosse sempre verão.


Descanse em paz, Brian. E obrigado por tudo.

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