Mike Love e Bruce Johnston também falaram sobre a saúde de Brian Wilson antes de seu novo documentário ir ao ar na Disney +
Mike Love e Bruce Johnston, membros icônicos dos Beach Boys, discutiram seu novo documentário no Disney+, o apoio que receberam dos Beatles e a saúde do compositor Brian Wilson. A entrevista ocorreu no Abbey Road Studios na noite de 13 de maio, com a participação do diretor do documentário, Frank Marshall.
Brian Wilson, de 81 anos, recentemente colocado sob tutela devido a um "transtorno neurocognitivo grave", ainda conseguiu se apresentar com a banda no filme. "Brian às vezes se lembrava de coisas que eu havia esquecido no ensino médio", comentou Mike Love. "Sua memória de longo prazo está bem ali. Ele precisa de ajuda médica – mas acho que enquanto estiver vivo ele tocará aquele piano."
Frank Marshall, conhecido por produzir as franquias Indiana Jones, Bourne, Jurassic World e Back To The Future, e dirigir o documentário dos Bee Gees de 2020, "How Can You Mend A Broken Heart", explicou suas motivações para fazer o filme dos Beach Boys. "Sempre me interessei em saber como todos eles se uniram", disse ele. "A produção de documentários é uma jornada de descoberta – como um pequeno caçador de tesouros, você procura pepitas de ouro ao longo do caminho. E neste caso, foi incrível. Descobrimos algumas coisas realmente incríveis que nunca haviam sido vistas antes."
Love e Johnston também relembraram as origens da banda no início dos anos 60, quando tentavam imitar a mistura vocal dos Everly Brothers e The Four Freshmen. Eles mencionaram com carinho o apoio dos Beatles, que ajudou a consolidar sua reputação no cenário musical.
Tanto Love quanto Johnston prestaram homenagem aos Beatles, como competição amigável e inspiração. Love se lembra de ter participado do retiro de Maharishi na Índia com a banda e ter Paul McCartney tocando para ele uma versão inicial de 'Back In The URSS' inspirada nos Beach Boys durante o café da manhã lá, enquanto Johnston contou que veio ao Reino Unido com uma fita de 'Pet Sounds' e encontrar McCartney e John Lennon como seus maiores campeões, numa época em que sua gravadora norte-americana não sabia como vendê-lo.
"Eles adoraram e mais tarde descobri que Paul foi tão influenciado musicalmente e em termos de vibração por 'Wouldn't It Be Nice' que ele escreveu 'Here, There And Everywhere' para o álbum 'Revolver' [1966]. Nossos melhores promotores em todo o mundo foram Lennon e McCartney. Sem eles, [o álbum de 1966] ‘Pet Sounds’ poderia ter fracassado.”
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