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Massive Attack retira catálogo do Spotify e bloqueia músicas em Israel

“O dinheiro suado dos fãs acaba financiando tecnologias letais e distópicas.”

Massive Attack
Imagem: Reprodução

O Massive Attack anunciou a retirada de todo o seu catálogo do Spotify, em protesto contra o investimento de US$ 700 milhões feito pelo CEO da plataforma, Daniel Ek, na startup militar de inteligência artificial Helsing. A decisão, revelada nesta quarta-feira (17), também se estende ao bloqueio das faixas no território de Israel, como parte da campanha No Music For Genocide, que já reúne mais de 400 artistas e gravadoras.



Com quase oito milhões de ouvintes mensais no Spotify, os britânicos seguem o caminho de nomes como Neil Young, reforçando a pressão sobre o modelo da plataforma. Em comunicado, o grupo declarou: “O dinheiro suado dos fãs e os esforços criativos dos músicos acabam financiando tecnologias letais e distópicas”, lembrando seu histórico posicionamento contra o militarismo e as violações de direitos humanos.


O Massive Attack também solicitou formalmente à Universal Music Group a retirada de suas músicas de todos os serviços de streaming em Israel, evocando como referência ética o boicote artístico que ajudou a enfraquecer o regime do apartheid na África do Sul.


Em apoio à iniciativa “No Music For Genocide”, o Massive Attack fez um pedido formal à nossa gravadora (Universal Music Group) para que nossa música seja removida de todos os serviços de streaming DSP no território de Israel.

Sem relação direta com essa iniciativa e à luz dos (relatados) investimentos significativos de seu CEO em uma empresa que produz drones militares, munições e tecnologia de IA integrada em caças, o Massive Attack fez um pedido separado à nossa gravadora para que nossa música seja removida do serviço de streaming Spotify em todos os territórios.

Na nossa visão, o precedente histórico de ações efetivas de artistas durante o apartheid na África do Sul — e o apartheid, crimes de guerra e genocídio que agora estão sendo cometidos pelo Estado de Israel — torna a campanha “No Music For Genocide” imperativa.

No caso específico do Spotify, o fardo econômico que há muito tempo tem sido colocado sobre os artistas agora se soma a um fardo moral e ético, em que o dinheiro arduamente conquistado pelos fãs e o esforço criativo dos músicos acabam financiando tecnologias letais e distópicas.

O suficiente já passou de suficiente.
Outro caminho é possível.

Um gesto que coloca música e política lado a lado — e reafirma a força de um grupo que nunca tratou a arte como algo separado do mundo real.



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