A cantora norueguesa negou em suas redes sociais que seu baterista, Sigmund Vestrheim, seja um racista.
Após o show da cantora norueguesa Aurora no Lollapalooza, internautas apontaram um gesto racista do baterista Sigmund Vestrheim, no final da apresentação. Outro foi ao perfil de Vestrheim no Instagram e encontrou um desenho com referências nazistas, como uma suástica e o número 777. O nome dele na rede social, aliás, também é composto por esse número.
"O 777 também é um símbolo utilizado por grupos supremacistas brancos, ligado a esse movimento na África do Sul. Talvez o número sozinho não dissesse muita coisa, mas juntando um pouco de tudo, fica complicado", de acordo com o físico Vitor Mori.
Vestrheim fez um sinal no festival em São Paulo que é usado por supremacistas arianos que exaltam o que eles denominam de "white power" (poder branco). Os três dedos esticados formariam “W”, de "white" (branco), e o polegar junto com o indicador seriam o “P”, de "power" (poder).
Lucas Silveira, vocalista do Fresno, se pronunciou sobre o assunto. "Meu deus,'mano', que horror... espero, do fundo do coração, que ela [Aurora] nem sonhe que ele é 'white power' e, se isso chegar a ela, que ele lime ele da banda imediatamente. O cara vir no Brasil fazer esse gesto aí é sacanagem", disse.
Uma fã da Aurora foi às redes para defendê-la. "Aurora, assumidamente bissexual, usa todos os meios de comunicação possíveis pra dar voz à minorias e luta de classes, tendo em sua discografia QUEENDOM, CHURCHYARD, CURE FOR ME entre outras, em qualquer oportunidade expressa publicamente o seu ódio a líderes de direita, mas vocês JURAM que ela tem alguma coisa a ver com aquele 'n4zi zé ninguém' que entrou na banda há poucos meses por escolha de 'manager' ruim... tenha santa paciência", escreveu.
Aurora Nega que seu baterista seja supremacista branco
A cantora norueguesa Aurora negou em suas redes sociais que seu baterista, Sigmund Vestrheim, seja um racista. Ela postou uma série de mensagens nas redes sociais na terça-feira (28). Vestrheim também negou as "sérias acusações de que seja nazista".
"Então, deixe-me dizer isso alto e claro: Não, Sigmund definitivamente não é um defensor dessas opiniões malignas de extrema direita. Seus valores são, antes, o oposto. Ele é uma das pessoas mais gentis e legais que já conheci. A internet é muito boa em distorcer informações e divulgá-las de forma imprudente, sem ter certeza de que o que estão espalhando é verdade", diz a cantora na postagem. (Via G1).
"Estou profundamente triste com as últimas especulações sobre nosso baterista Sigmund. Nunca pensei que seria necessário enviar uma declaração como esta. É tão óbvio que não apoio nenhuma ideologia de extrema direita. Não há outra maneira de viver a vida senão em nome do amor e da justiça. Não apoio nenhuma ideologia que carregue qualquer forma de ódio."
Vestrheim também se pronunciou na tarde de terça-feira (28). (leia a nota na íntegra abaixo):
"Parece estranho e bizarro ter que publicar um texto como este, mas hoje eu recebi muitas mensagens de ódio e sérias acusações de que eu seja nazista. Isso é triste e perturbador. Eu não sei se vocês entendem o quanto sérias e malucas essas acusações são.
Primeiro de tudo: É CLARO que eu não sou nazista! Meus valores são de amor e compreensão, e eu toco música para espalhar esses valores", diz em suas redes sociais.
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