Toda a atmosfera climática que ronda o gênero Trip-Hop está bem presente no álbum.
Doom Flower é uma banda de Chicago formada por Jess Price (vocais. Guitarra), Bobby Burg (baixo), Matt Lemke (sintetizadores) e Areif Sless-Kitain (bateria). A vocalista Jess também participa de outra banda, Campdogzz. No dia 6 de janeiro desse ano, o grupo lançou seu segundo disco, “Limestone Ritual”.
O novo trabalho vem com muitos aspectos do Trip-Hop. Realmente o gênero parece ter deixado muita influência para o quarteto. Para o ouvinte, há uma sensação de que o Doom Flower está mais para uma banda de Bristol do que propriamente de Chicago. Sinta-se como estivesse nos 90’s ao ouvir os 35 minutos do álbum.
Toda a atmosfera climática que ronda o gênero Trip-Hop está bem presente no álbum. Scratches, chiados, batidas desaceleradas, ritmos hipnóticos, prioridade pelo acústico, a aproximação com contornos mais jazzísticos. Caso de faixas como ‘Sweep’, ‘Loess Hills’, ‘Tracker’ e ‘Past Tense’ que lembram algo de Massive Attack e Portishead.
Outras canções merecem destaque. ‘Candle Habit’ traz uma Eletrônica mais densa com uma batida encorpada e dançante. ‘Enroll’, apesar de imersa numa paisagem acústica, não deixa de apresentar guitarras distorcidas que adicionam um lirismo extra para a voz de Jess. ‘The Space’ é envolta numa paisagem climática instrumental que se inspira bastante na música Ambient.
Começar 2023 ouvindo um disco que é praticamente uma volta aos 90’s não é de todo mal. Inclusive se o trabalho tem seus méritos, soa interessante e seguiu bem suas influências. O Doom Flower pode não ser perfeito e fazer um som reciclado, mas segue por um caminho que não está errado. Suas influências lhe garantem uma boa aprendizagem que pode melhorar com o tempo.
Limestone Ritual
Doom Flower
Lançamento: 6 de janeiro de 2023
Gênero: Trip Hop, Música Ambient
Ouça: "Swep", "Candle Habit", "Past Tense"
Humor: Nostálgico, Climático, Instigante
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