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Foto do escritorMarcello Almeida

Joni Mitchell declara apoio a Neil Young e anuncia retirada de sua discografia do Spotify.

Atualizado: 29 de ago. de 2022



Outra grande estrela da música Pop, Joni Mitchell vai retirar sua discografia do Spotify em apoio a Neil Young. Essa semana Neil declarou que retiraria sua música da plataforma de Streaming por apoiar discursos negacionistas sobre a vacinação da COVID-19, e não deu outra, parece que o Spotify preferiu perder o talento de Neil Young para ficar com o contrato milionário de Joe Rogan e seu Podcast que espalha desinformações e pânico sobre a ciência e a eficácia da vacina.


Essa saga gerou inúmeras discussões sobre o tema- a viúva de Andy Gill, do Gang Of Four, criticou o Spotify por manter o podcast de Rogan na plataforma, por exemplo, enquanto o vocalista do Disturbed, Dave Draiman, aplaudiu o Spotify por “não capitular à máfia”. A maioria parecia estar do lado de Young, no entanto, com as plataformas rivais Apple Music e Tidal, ambas expressando suporte para o lendário folk-rocker.


Mitchell compartilhou em seu site oficial uma declaração dizendo que ela também deixaria o serviço de streaming por conta de atos de desinformação a respeita da vacina do COVID-19. Embora ela não tenha dado o nome de Rogan – que tem um contrato de exclusividade de US$ 100 milhões com o Spotify – ela compartilhou um link para a carta aberta assinada por centenas de cientistas e profissionais médicos que criticam o podcast de Rogan.

“Decidi remover todas as minhas músicas do Spotify”, escreveu Mitchell ontem (28 de janeiro). “Pessoas irresponsáveis ​​estão espalhando mentiras que estão custando a vida das pessoas. Sou solidária com Neil Young e as comunidades científicas e médicas globais nesta questão.”

Depois que seu catálogo foi retirado do Spotify, Young compartilhou uma declaração alegando que, sem sua presença na plataforma, ele perderia 60% de sua receita de streaming. Embora tenha admitido que foi “uma grande perda” para suas gravadoras, Warner e Reprise, ele agradeceu por “reconhecer a ameaça [que] a desinformação do COVID no Spotify representava para o mundo”.


Enquanto isso, Mitchell recentemente compartilhou o primeiro vídeo oficial de sua faixa clássica 'River' , lançada inicialmente em 1971. Ele veio depois que ela foi celebrada no Kennedy Center Honors 2021, onde recebeu um prêmio pelo conjunto da vida. No evento, nomes como Ellie Goulding,Norah Jones e Brittany Howard prestaram homenagem à icônica musicista, apresentando suas próprias versões de algumas de suas canções mais amadas.



Quem perde com todo esse negacionismo que se espalhou pelo mundo somos nós fãs de música e cultura pop, a coisa tomou dimensões gigantescas que afeta até o acesso à música.(longe de querer defender o Spotify), acho inadmissível a conduta que a empresa adotou, reforça ainda mais que eles estão mais interessados em números, o Spotify nunca abraçou a causa dos artistas, a começar pelo desrespeito com a arte de cada um. Aproveitando o gancho dessa matéria, entramos em uma questão bem relevante que é a música digital, versos a mídia física, até aonde vale apena abdicar da sua coleção de discos e CDs? Algo para se pensar e refletir sobre o futuro da música.


Enquanto escrevo essa matéria, encontrei bem pouca coisa de Mitchell no Spotify, discos como Hejira e Blue não estão mais lá.

 

Sobre Marcello Almeida

É editor e criador do Teoria Cultural.

Pai da Gabriela, Técnico em Radiologia, flamenguista, amante de filmes de terror. Adora bandas como: Radiohead, Teenage Fanclub e Jesus And Mary Chain. Nas horas vagas, gosta de divagar histórias sobre: música, cinema e literatura, e curtir as aventuras do cão Dylan. marce.almeidasilvaa@gmail.com


 

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