30 de jun. de 20233 min de leitura

"Indiana Jones e a Relíquia do Destino” traz uma aposentadoria digna ao famoso arqueólogo do cinema

"Indiana Jones e a Relíquia do Destino" foi lançado nos cinemas em 29 de junho de 2023.

“Indiana Jones” é uma das franquias mais queridas e amadas do cinema e da Cultura Pop. Ela se iniciou em 1981 com “Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida” e, desde então, vem sendo prestigiada, assistida e divulgada exaustivamente. Além de consolidar o ator Harrison Ford de forma merecida como um dos grandes atores da história de Hollywood. Eu, particularmente, coloco ela no mesmo patamar de “Star Wars”, “A Múmia”, “Os Caça Fantasmas” e “De Volta Para o Futuro”. Por ter filmes maravilhosos, a única exceção vai para “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” de 2008, onde a história não é extremamente maravilhosa enquanto que Harrison Ford, infelizmente, não entrega uma atuação que soa ótima.

15 anos depois, a franquia volta às telas novamente para o quinto filme, intitulada "Indiana Jones e a Relíquia do Destino". Esse filme pode indicar dois caminhos possíveis: propor a aposentadoria do personagem de forma digna ou continuar com a franquia, mantendo a qualidade tanto em termos de história quanto de atuação. Esse filme merece ser assistido e divulgado de forma positiva como um dos grandes projetos de 2023 até o momento em que este texto está sendo escrito.

Em “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, temos o famoso arqueólogo Indiana Jones (Harrisson Ford), embarcando em mais uma nova aventura. Nessa nova trama, temos o icônico aventureiro em um novo tempo, se preparando para a aposentadoria, enquanto tenta entender o mundo novo que vive. Mas quando um mal muito familiar retorna na forma do vilão Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), que quer pegar um antigo e poderoso artefato para mudar a história do mundo, Para essa nova jornada, ele vai acompanhado de sua afilhada, Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge). Eles precisam lutar contra o tempo para salvar a humanidade.

O filme, se comparado com “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, vemos um salto qualitativo muito grande ao trazer um enredo narrativo melhor, que se faz coerente aos 3 primeiros filmes da franquia. Temos um elenco muito bom, que faz ótimas atuações, com destaque para o ator Harrison Ford, que atua com bom humor o Indiana Jones, e para a atriz Phoebe Waller-Bridge (que é conhecida por ter feito a série “Fleabag”), que deu um grande gás para a sua produção. As cenas de ação são interativas e dinâmica, deixando o espectador empolgado, como se estivesse dentro delas, e possui um conjunto de elementos que dão espaço para uma carga dramática e nostálgica, permitindo que as pessoas assistam ao filme com satisfação.

Outro detalhe a ser observado está nos bastidores: Steven Spielberg e George Lucas só estiveram presentes na produção, ou seja, não teve direção e nem escrita de nenhum dos dois. A direção e o roteiro ficaram a cargo de James Mangold, com Jez Butterworth e John-Henry Butterworth. O simples fato de haver essa troca trouxe um aspecto ainda mais imersivo e interativo às cenas e fotografias, além de as atuações serem feitas com leveza e tranquilidade pelo elenco, o que pode ser visto como um forte contraponto ao quarto filme, que é forçado, preguiçoso e irrelevante.

Harrison Ford já disse que, se depender dele, não aposenta o Indiana Jones tão cedo, e é muito bom ver o artista pensar assim, porque dá pra ver que desde os filmes “Blade Runner 2049” e “Star Wars: O Despertar da Força” ele tem atuado de forma boa, com paixão reciproca pela atuação.

Pode-se, contudo, concluir que “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” é um filme excelente e comovente ao honrar o legado de um personagem marcante para as artes, trazendo uma história interessante e um lado emocional muito bom, que é bem acompanhado por suas cenas de ação explosivas. Fica apenas a dúvida se a franquia vai mesmo acabar com esse filme ou não. Porque, se acabou, trouxe uma digna aposentadoria, mas se continuará futuramente, ela tem que ter uma qualidade tão boa ou mesmo superior a essa, mas sempre respeitando seu rico legado cinematográfico.