Especial / Elis Regina: "Viver é melhor do que sonhar"
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Especial / Elis Regina: "Viver é melhor do que sonhar"

Atualizado: 29 de ago. de 2022


Em 2022 é lembrado os 40 anos de falecimento de Elis Regina. Considerada uma das maiores artistas femininas da música brasileira, a artista gaúcha mostrou para o Brasil e o mundo um repertório musical que interpreta a musicalidade brasileira de forma abrangente e eclética com artistas como Chico Buarque, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Rita Lee com letras desde politizadas até românticas.


Além disso, ela tem uma voz forte, impactante e impressionante que influenciava e ainda influencia para surgimento de novos artistas com um legado cheio de arte e referências culturais que revolucionaram a música brasileira a ponto de ela ser apontada como uma das 100 maiores vozes da música brasileira conforme a icônica revista Rolling Stone Brasil.


O objetivo desse texto é relembrar a importância e relevância dessa artista que faz tamanha falta em nosso país, uma mulher iluminada que trouxe luz para música brasileira e precisa muito ser enaltecida, conhecida, apreciada e ouvida por essa e futuras gerações. Abra sua mente para voz inquieta, ritmo alucinado e suas impactantes letras poéticas de muita representatividade. Com vocês: Elis Regina.


Elis Regina Carvalho Costa, mais conhecida como Elis Regina, nasceu no dia 17 de março de 1945 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.


A Pimentinha, apelido dado a ela pelo ótimo poeta Vinícius de Moraes (1913-1980) por sua personalidade forte, começou a sua a carreira influenciada pelas cantoras do rádio, como Emilinha Borba (1923-2005) e Ângela Maria (1929-2018), sua maior fonte de inspiração. Foi através do rádio em que ela foi descoberta inicialmente antes de migrar de forma aplaudível para a televisão quando apresentou de forma emblemática a música “Arrastão” e de bônus venceu o 1º Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965.

Depois disso, comandou, ao lado do também espetacular músico Jair Rodrigues, o famoso programa “O Fino da Bossa”, na TV Record e iniciou uma trajetória musical marcada por ótimos e avassaladores discos na sua excelente discografia com destaque para: “Ela” que tem a maravilhosa música “Madalena” de Ivan Lins, Elisde 1972 que tem a bela música “Casa No Campo” de Zé Rodrix, Falso Brilhante de 1976 com um repertório desde música latina ao rock, onde um ano antes em 1975 fazia um espetáculo de mesmo nome e promoveu um espetáculo sensacional, Elis & Tomde 1974 onde ela gravou o bonito dueto “Águas de Março” com Tom Jobim e Essa Mulheronde cantou a politizada e bonita canção “O Bêbado e a Equilibrista” onde conquistou muitos admiradores como o ótimo cartunista brasileiro Henfil (1944-1988) onde viu a canção como hino informal sobre o período da anistia e do declínio da Ditadura Militar no Brasil e lembrança do seu irmão o importante sociólogo Herbert José de Sousa (1935- 1997) que na época estava exilado fora do Brasil.


Elis Regina faleceu aos 36 anos no dia 19 de janeiro de 1982 na cidade de São Paulo. E mesmo após seu falecimento o seu canto continua vivo na interpretação de ótimas cantoras como Adriana Calcanhotto, Ana Cañas, Roberta de Sá, Maria Rita, Mart’nália, Luedji Luna e até mesmo a saudosa Cassia Eller gravou músicas da cantora. São artistas consideradas discípulas diretas do legado eterno de Elis Regina.


Por isso, é importante dizer: viva hoje e sempre Elis Regina.

 


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