Especial Chico Science, o verdadeiro "Maracatu Atômico"
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Especial Chico Science, o verdadeiro "Maracatu Atômico"

Atualizado: 29 de ago. de 2022



Em 2022 é lembrado os 25 anos de falecimento de Chico Science. Considerado um dos músicos mais geniais que surgiu na música brasileira durante a década de 1990, o artista pernambucano mostrou para o Brasil e o mundo um gênero musical chamado Manguebeat onde ele foi dos criadores e fundadores através de um som único, politizado, eclético e espetacular que gera impactos até hoje na cultura pop brasileira.


Além disso, ele foi líder e vocalista da ótima banda Chico Science e Nação Zumbi (que se passou a se chamar apenas de Nação Zumbi após seu falecimento) onde ele ficou de 1991 até 1997 sobressaindo sob um repertório musical cheio de arte, sons sensacionais, letras impactantes e referências culturais que trouxeram uma grande revolução artística a ponto de ele ocupar o 16ª lugar em uma lista promovida pela revista Rolling Stone Brasil que elencou os 100 maiores artistas da música brasileira.


Objetivo geral desse texto é relembrar a importância e relevância desse artista que faz tamanha falta em nosso país, um ser-humano iluminado que trouxe luz para música brasileira e precisa muito ser enaltecido, conhecido, apreciado e ouvido por essa e futuras gerações. Abra sua mente para voz inquieta, ritmo alucinado e suas impactantes letras poéticas de muita representatividade. Com Vocês Chico Science.

Francisco de Assis França, conhecido como Chico Science, nasceu na cidade de Olinda em Pernambuco no dia 13 de março de 1966.


Ele cresceu ouvindo Rock, Jackson do Pandeiro, maracatu, ciranda, coco, funk, jazz, embolada, música Árabe, música Marroquina, MPB, James Brown, Soul, Ska e Hip Hop onde esse último ele participou de grupos de dança do gênero musical. Além de fazer parte de grupos musicais como o Orla Orbe e Loustal que foram inspirados na sala musical formadora do músico.


Anos depois ao lado de Fred 04, vocalista e líder da ótima banda Mundo Livre S/A, ele preparou um glossário do mangue e assinou em 1992 o “Manifesto Caranguejos com Cérebro”. O movimento teve como objetivo protestar contra a miséria nordestina trazendo muitas correspondências com a vida que acontece nos manguezais pernambucanos onde eles eram ignorados pela elite e também para protestar contra o que seus integrantes consideravam a banalização da MPB, pois consideravam o gênero musical extremamente importante.


Esse manifesto teve como inspiração o importante pernambucano Josué de Castro (1908-1973), que comparou o ciclo de vida do homem ao do caranguejo. E assim os dois criaram o Manguebeat para mostrar criticas com um linguajar próprio e músicas como pegada cultural brasileira, mas também com olho no mundo que conquistou admiradores como o excelente escritor paraibano Ariano Suassuna (1927- 2014) que via e admirava sua regionalidade com pegada global. Através disso em 1991, ele cantou como líder e vocalista Chico Science & Nação Zumbi até 1997 lançando dois ótimos discos 'Da Lama Ao Caos' de 1994 e 'Afrociberdelia' de 1996.




O artista faleceu aos 30 anos no 2 de fevereiro de 1997 na cidade de Recife em Pernambuco. E mesmo após seu falecimento o Manguebeat segue vivo com Mundo Livre S/A e de artistas como: Otto, Mombojó, Lenine, Cordel do Fogo Encantado e Karina Buhr que fazem música de forma tão espetacular quanto Chico Science a ponto de ele ser considerado como discípulos diretos e dignos do artista para celebrar seu legado.


Por isso, é importante dizer: viva hoje e sempre Chico Science!

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