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Em show do Pearl Jam, Eddie Vedder sai em defesa de Bruce Springsteen após ataques de Donald Trump

Discurso aconteceu dois dias após Vedder homenagear o cantor com cover de “My City Of Ruins”. Springsteen também respondeu: “Nossa democracia está em risco.”

Eddie Vedder e Bruce Springsteen.
CRÉDITO: Tim Mosenfelder/WireImage/Shirlaine Forrest via Getty Images

No meio de um show intenso em Pittsburgh, neste domingo (18), Eddie Vedder interrompeu o repertório do Pearl Jam para se posicionar publicamente em defesa de Bruce Springsteen, alvo recente de ataques do presidente Donald Trump. A declaração veio dias após Vedder ter homenageado o cantor com um cover emocional de “My City Of Ruins”, lançado por Springsteen em 2002.



O discurso aconteceu após Trump, no Truth Social, chamar Springsteen de “uma ameixa seca” que “deveria ficar de boca fechada até voltar ao país”, em resposta a um posicionamento político do músico em um show na Inglaterra, onde criticou duramente o atual governo norte-americano.


Diante do público, Vedder rebateu:


“A resposta [de Trump] não teve nada a ver com as questões. Eles não falaram sobre nenhuma dessas questões, não tiveram uma conversa sobre nenhuma delas. Não debateram sobre nenhuma dessas questões. Tudo o que ouvimos foram ataques pessoais e ameaças de que ninguém mais deveria tentar usar seus microfones ou voz em público, ou seriam silenciados.”


Vedder seguiu com firmeza, denunciando o que considera um ataque direto à liberdade de expressão:


“Isso não é permitido neste país que chamamos de América. Parte da liberdade de expressão é o debate aberto. Parte da democracia é o discurso público saudável. Os xingamentos são tão abaixo da nossa compreensão. Bruce sempre foi pró-americano com seus valores e liberdade, e sua justiça sempre permaneceu intacta. E estou dizendo isso agora para ter certeza de que essa liberdade de expressão ainda existirá daqui a um ou dois anos, quando voltarmos a este microfone.”




O desentendimento entre Springsteen e Trump ganhou força após o show do Boss em Manchester, no dia 14 de maio. Na ocasião, Bruce fez um discurso direto contra a atual administração dos EUA:


“Em minha casa, a América que amo, a América sobre a qual escrevi, que tem sido um farol de esperança e liberdade por 250 anos, está atualmente nas mãos de uma administração corrupta, incompetente e traidora. Esta noite, pedimos a todos os que acreditam na democracia e no melhor da nossa experiência americana que se levantem conosco, levantem suas vozes contra o autoritarismo e deixem a liberdade ressoar!”


Os ataques de Trump não pararam em Springsteen. O presidente também mencionou a cantora Taylor Swift, afirmando na rede social: “Alguém notou que, desde que eu disse ‘ODEIO TAYLOR SWIFT’, ela não é mais ‘GOSTA?’”


A resposta da comunidade musical veio de forma imediata. O presidente da Federação Americana de Músicos, Tino Gagliardi, reagiu com clareza:


“Os músicos têm o direito à liberdade de expressão, e nos solidarizamos com todos os nossos membros.”


Springsteen, por sua vez, reforçou sua posição no segundo show no Co-op Live, com um novo discurso de três minutos que ecoou entre o público e se espalhou pelas redes:


“As coisas estão acontecendo agora que estão alterando a própria natureza da democracia do nosso país, e são importantes demais para serem ignoradas.”



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