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Em People Who Aren’t There Anymore, Future Islands equilibra sua sonoridade eletrônica efusiva em meio a alguns momentos mais melancólicos e intimistas

Atualizado: 2 de fev.

Chegando a duas décadas de atividade, o grupo americano não rejeita seu passado, todavia começa a pensar em novas direções sonoras.

Foto: Devin Yalkin


Future Islands é uma banda de Baltimore que trouxe uma sonoridade Indie Eletrônica moderna bastante inspirada na New Wave 80’s. Embora ainda não tivesse todos os integrantes, o grupo começou em 2003 a realizar as primeiras composições, de aspecto amador para um programa dentro de universidade. Em 2008, o début “Wave Like Home” seria lançado.

 

Os discos posteriores, “In Evening Air” (2010) e “On The Water” (2011), garantiriam uma exposição maior do Future Islands dentro do cenário musical mundial. Lançando diversos hits em potencial, o grupo virou logo uma referência notável para outros grupos que estavam começando.

 


O grupo foi adquirindo forte identidade, porém, é na figura do vocalista e líder Samuel T. Herring que ele se destaca bastante. Samuel é conhecido tanto por sua performance vocal como corporal, inclusive com uma participação memorável cantando a famosa e contagiante ‘Seasons (Waiting On You)’ no programa Late Night de David Letterman.

 

Embora Orchestral Manoeuvres In The Dark e New Order sejam fortes influências, o grupo tenta cada vez mais edificar sua identidade própria e menos pasteurizada. O disco “As Long As You Are” (2017) começava a apontar essa direção e ela continua no sétimo álbum, “People Who Aren’t There Anymore”, lançado agora no início de 2024.

 

Canções como ‘King Of Sweden’ e ‘Say Goodbye’ continuam trazendo a tradicional e notória sonoridade do grupo. Refrões ganchudos, paisagem dançante e músicas prontas a virarem hits instantâneos. Mesmo seguindo por novos horizontes sonoros, os anos 80's ainda garantem uma boa base para banda e ajudam a formular a Synthwave empolgante de ‘Give Me The Ghost Back’.

 

Por outro lado, ‘Deep In The Night’, ‘Corner Of My Eye’ e a balada ‘The Fight’ revelam faixas com sintetizadores e batidas mais comportadas, preocupadas em transmitir um clima bem etéreo e melancólico. Apesar disso, a voz de Herring permanece enérgica e inconfundível.

 


As letras continuam sendo um dos trunfos da banda. A banda traz mensagens por meio de metáforas, abstrações e muitos simbolismos. No novo álbum não é diferente. Em ‘The Tower’, uma das melhores faixas do disco, Samuel canta: ‘Everything grows stronger in the light/When a boy who played with razors/Met a girl who opened cages/All the birds flew through the graveyard/And their laughter was contagious...’

 


Chegando a duas décadas de atividade, o grupo americano não rejeita seu passado, todavia começa a pensar em novas direções sonoras, almeja cada vez mais criar sua identidade própria sem perder suas características essenciais, tentando ao máximo sintonizar alegria e melancolia juntas num mesmo cenário. 

 

People Who Aren’t There Anymore

 Future Islands


Ano: 2024

Gênero: Indie Rock, New Wave, Post-Punk Revival

Ouça: "The Tower", ‘Deep In The Night’,  ‘The Fight’ 

Humor: Vivaz, Cintilante, Cinético

Pra quem curte: Arcade Fire, Hot Chip, The National


 

NOTA DO CRÍTICO: 7,0

 

Veja o vídeo oficial de ‘The Tower’:


 


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