Bobby Gillespie relembra encontro com Joey Ramone e homenageia Mani após sua morte
- Marcello Almeida
- há 19 horas
- 2 min de leitura
"Você devia ter visto a cara do Mani"

Bobby Gillespie, vocalista do Primal Scream, compartilhou neste domingo (30) uma lembrança marcante envolvendo Joey Ramone e o baixista Mani, falecido recentemente aos 63 anos. O relato, publicado no Instagram, revive um episódio ocorrido durante as gravações de XTRMNTR, no fim dos anos 90, quando a banda finalizava a faixa psicodélica “When The Kingdom Comes”, lançada como lado B de “Accelerator”.
Gillespie contou que a música era uma das preferidas de Mani, que sempre insistia para que ela fosse tocada ao vivo. O encontro com Joey Ramone aconteceu de surpresa, durante a mixagem da faixa:
“Quando abrimos a porta, era o Joey Ramone. Convidei ele para entrar e apresentei à banda — você precisava ver a cara do Mani. Pela primeira vez, ele ficou sem palavras.”
Segundo Gillespie, Joey ouviu a música ali mesmo no estúdio e fez um elogio que marcou toda a banda:
“Ele disse: ‘É ótimo ouvir que ainda tem gente fazendo rock and roll de verdade’, com aquela voz inconfundível. Ser reconhecido por alguém que nos inspirou a começar foi incrível.”
O vocalista descreveu a cena como inesperada, quase cinematográfica, e lembrou que a visita foi organizada por Alan McGee, da Creation Records, que sabia que Joey era fã da banda.
“Depois que ele saiu, Mani estava radiante. Foi uma surpresa total — parecia uma cena de filme. Bons tempos.”
A morte de Mani motivou uma série de homenagens. A baixista Simone Butler escreveu que ele era “uma pessoa amada por todos, com um humor brilhante e um coração enorme”, lamentando profundamente a perda. No último fim de semana, o Primal Scream prestou tributo ao músico em Manchester tocando “I’m Losing More Than I’ll Ever Have” diante de um painel gigante com sua imagem.
O clube Manchester United também homenageou Mani, e a banda respondeu com carinho:
“Mani… amado por todos que o conheceram. Ele iluminou nossas vidas e deu um toque funk ao nosso som. Sua luz continua brilhando.”
Mani construiu sua história musical no Stone Roses antes de entrar para o Primal Scream em meados dos anos 90, tornando-se parte essencial da identidade da banda por mais de uma década.











