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Van Halen e a revolução eletrificada emanada em seu disco de estreia

Atualizado: 26 de ago. de 2023

Lançado em 78, o disco contém 11 faixas que impulsionaram o Rock com uma energia animada, elétrica, forte e emocionante.

Foto: Divulgação.



A década de 1970 foi incrivelmente revolucionária, introduzindo sons inovadores, artistas esplêndidos, discos maravilhosos e canções inesquecíveis. Esse período abrangeu uma ampla gama de gêneros musicais e origens culturais. No ano de 1978, três álbuns de estreia de bandas excepcionais marcaram a cena musical: "Outlandos d'Amour" do The Police, "Dire Straits" do Dire Straits e "Van Halen" do Van Halen. Este texto abordará o álbum de estreia do Van Halen, destacando a importância dessa renomada banda para as gerações posteriores e como ele trouxe revolução, intensidade e eletricidade para o cenário da cultura pop em 1978.


Antes de seu lançamento, o Van Halen emergiu em 1972 na cidade de Pasadena, Califórnia, sob a liderança dos irmãos holandeses Eddie e Alex Van Halen, que nasceram em Amsterdã. A formação crucial da banda se solidificou em 1974, com David Lee Roth nos vocais, Eddie Van Halen na guitarra e teclado, Alex Van Halen na bateria e Michael Anthony no baixo e vocais de apoio.



A banda inicialmente misturava músicas autorais com covers em suas apresentações, e assim chamaram a atenção de Gene Simmons, baixista do KISS. Embora a gravadora do Rockstar tenha inicialmente recusado a demo da banda, tudo mudou quando o renomado produtor musical Ted Templeman se envolveu. Impressionado com o som da banda, ele decidiu produzir o álbum de estreia do Van Halen para a Warner Music Group.


O cenário musical já havia passado por outras revoluções sonoras antes do lançamento deste álbum, como o Punk, que dominou a cena musical global em 1977. Anos anteriores também viram o Heavy Metal, o Hard Rock e o Rock Progressivo em destaque. Poucas bandas norte-americanas conseguiram rivalizar com os grupos britânicos, mantendo o equilíbrio musical entre estadunidenses e britânicos.


No entanto, bandas e artistas como Rush (do Canadá), AC/DC (da Austrália), Scorpions (da Alemanha) Bob Marley (da Jamaica), Carlos Santana (do México) e Thin Lizzy (da Irlanda) conseguiram se destacar fora do eixo entre Estados Unidos e Reino Unido. O Van Halen capitalizou essa oportunidade, de ser uma banda fundada por 2 irmãos imigrantes, para criar um álbum de estreia que não apenas refletiu essa diversidade, mas também globalizou a música e a cultura de maneira marcante.


Em 10 de fevereiro de 1978, "Van Halen", o álbum de estreia da banda, foi lançado. Gravado ao longo de 1977 e finalizado em apenas três semanas, este álbum exibe o talento autêntico dos membros da banda. O fato de ter sido produzido com um orçamento de apenas 40.000 dólares, uma quantia modesta até mesmo para os padrões da época, é testemunho da maestria dos integrantes.


A capa do álbum foi fotografada no Whisky a Go Go, uma icônica casa noturna da Califórnia, destacando os quatro membros da banda em suas respectivas modalidades. O disco contém 11 faixas que impulsionam o Rock com uma energia animada, elétrica, forte e emocionante, apresentando vocais expressivos e instrumentos de alta potência.



A faixa de abertura, "Runnin' with the Devil", inaugura o álbum de maneira explosiva, com um som frenético e vocais agudos envolventes que acompanham uma letra cativante. Essa música, de forma espetacular, serve como porta de entrada para o universo musical lendário da banda.


"Eruption" é a única faixa instrumental do álbum, originada de um take inicial, porém tão impressionante que se tornou parte integrante do disco. Eddie Van Halen exibe seu talento excepcional na guitarra, proporcionando um ritmo envolvente e hipnótico, o que a torna uma das maiores e mais memoráveis músicas instrumentais da história da música.


"You Really Got Me" é um cover da célebre banda britânica The Kinks, apresentando uma versão elétrica e enérgica que amplifica a intensidade da música e a potência lírica, criando uma balada musical inesquecível. "Ain't Talkin' 'bout Love" é marcada por solos incríveis e uma melodia emocionante. Sua sonoridade captura perfeitamente a essência revolucionária do álbum.


"Atomic Punk" é uma brincadeira sonora, incorporando elementos do Punk ao gênero musical e resultando em uma faixa incrivelmente bem-feita e repleta de energia. "Ice Cream Man", um cover de uma canção de Blues do compositor estadunidense John Brim, combina elementos do Hard Rock com o Blues, alternando entre vocais contidos e intensos com maestria.



"I'm the One" e "Jamie's Cryin" são músicas intensas, transmitindo um profundo sentimento emocional e capturando a essência revolucionária que permeia todo o álbum. "Little Dreamer", "Feel Your Love Tonight" e "On Fire" são faixas que apresentam líricos impactantes e sentimentais, combinando perfeitamente atmosferas musicais de Hard Rock com toques do Heavy Metal.



O álbum "Van Halen" é um dos discos mais venerados e adorados da história da música, especialmente no universo do Rock. Ele destaca a extraordinária habilidade musical de Eddie Van Halen e seus colegas de banda, trazendo vocais imersivos, canções memoráveis e uma influência cultural atemporal. Esse trabalho atesta a originalidade, genialidade e qualidade inegável da banda, consolidando um legado que permanece querido tanto pelo público quanto pela crítica. O ano de 1978 merece ser celebrado como um ponto crucial na história musical, marcando uma revolução musical extraordinária.

 

Van Halen

Van Halen


Lançamento: 10 de fevereiro de 1978

Gênero: Hard Rock, Heavy Metal

Ouça: "Runnin' with the Devil", "Eruption", "You Really Got Me", "Ain't Talkin' 'bout Love"

Humor: Provocativo, melancólico, audacioso.

Para quem curte: Aerosmith, Montrose, Black Sabbath


 

NOTA DO CRÍTICO: 10

 

Veja o videoclipe de "You Really Got Me":


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