A agressão teria acontecido em 2003 durante uma viagem de helicóptero, segundo a vítima, que não revelou sua identidade.
Uma mulher apresentou uma ação contra Tommy Lee, o baterista do Mötley Crüe, acusando-o de abuso sexual durante uma viagem de helicóptero em fevereiro de 2003. A identidade da alegada vítima não foi revelada.
A queixa foi protocolada na última sexta-feira (15) em Los Angeles, nos Estados Unidos, e foi divulgada pelo site da revista Rolling Stone. Além de Tommy Lee, as empresas Mayhem Touring, Tommy Lee Inc, A Natural High Helicopters e Social Helicopters também foram citadas na ação.
A denúncia alega agressão sexual, violência de gênero, imposição intencional de sofrimento emocional e negligência por parte das partes envolvidas. A mulher busca compensações por danos passados, presentes e futuros, incluindo despesas médicas e perda de rendimentos, entre outros. Até o momento, Tommy Lee não fez nenhum comentário sobre o assunto.
Nos Estados Unidos, em alguns estados, é permitido apresentar e julgar processos relacionados a crimes sexuais mesmo após o prazo de prescrição. Na Califórnia, essa mudança entrou em vigor em 2022.
Entenda o caso:
Aviso: O texto a seguir contém relatos de alegado abuso sexual. A informação foi traduzida de maneira bastante fiel ao original da Rolling Stone.
Conforme o relato da mulher, havia bebidas alcoólicas a bordo do helicóptero e, posteriormente, começaram a ser consumidas, juntamente com o uso de maconha e cocaína. Ela assegura não ter participado do consumo dessas substâncias e afirma ter sido questionada sobre sua decisão.
De acordo com a parte autora, em determinado momento, Martz a convidou para a cabine do piloto, onde sugeriu que se sentasse no colo de Lee para obter uma melhor visão. Ela alega ter aceitado esse convite, mencionando ter se sentido pressionada.
No decorrer desse episódio, a mulher declara ter sido tocada de forma inadequada e beijada pelo baterista do Mötley Crüe. Adicionalmente, ela afirma ter tentado se afastar do músico, mas não obteve sucesso devido à aplicação de força por parte dele.
De acordo com um trecho do processo legal obtido pela Rolling Stone, a mulher sustenta essas alegações.
“A certa altura, Lee penetrou na demandante com os dedos enquanto acariciava seus seios. Lee então baixou as calças e tentou forçar a cabeça da demandante em direção aos seus órgãos genitais. A essa altura, a demandante estava chorando, mas não tinha para onde ir – estava presa e com pouca mobilidade para sair da cabine.”
De acordo com a denunciante, Eric Martz não tomou medidas para impedir o suposto abuso durante o episódio. Ambos retornaram juntos a San Diego depois de deixarem Lee em Van Nuys e, segundo ela, não discutiram o assunto. A mulher relata que não teve contato com Martz nos anos subsequentes, exceto por uma breve conversa telefônica em junho de 2009. O piloto faleceu em um acidente aéreo em agosto de 2015.
Ao justificar o motivo pelo qual não tomou medidas legais anteriormente, ela alega que o suposto ataque causou-lhe "intenso choque, angústia, humilhação, vergonha e culpa". No entanto, ela optou por não denunciar na época por acreditar que era um incidente isolado e que não seria levada a sério pelas autoridades. Agora, contudo, ela afirma crer que havia um histórico de comportamentos ilegais no helicóptero de Martz.
*As informaçõe foram obtidas atraves do portal Igor Miranda.
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