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Streaming: Relatório revela que 86,88% das músicas não geram receita para artistas

Foto do escritor: Marcello AlmeidaMarcello Almeida


Uma realidade alarmante e, ao mesmo tempo, triste

Streaming de músicas
Imagem: Reprodução.

O streaming revolucionou a forma como consumimos música, mas, para os artistas, o cenário é cada vez mais desafiador. Além dos pagamentos notoriamente baixos, um novo relatório da Luminate revelou um dado alarmante: quase 3 milhões de músicas disponíveis nas plataformas não receberam uma única reprodução.


O estudo, citado pela Metal Injection, mostra que aproximadamente 99 mil músicas são carregadas diariamente nos serviços de streaming – uma leve queda em relação a 2023, quando o número era de 103 mil por dia. No final de 2024, o total de faixas disponíveis nessas plataformas chegou a 202 milhões, um aumento em relação aos 184 milhões registrados no ano anterior.


Entre essas milhões de músicas, 93,2 milhões foram tocadas no máximo dez vezes. E, considerando a política do Spotify de não pagar royalties para músicas que não alcancem mil reproduções anuais, essa imensa quantidade de faixas está essencialmente disponível de forma gratuita, sem gerar receita para seus criadores.


No total, 175,5 milhões de músicas ficaram abaixo do limite de mil reproduções anuais, o que significa que 86,88% de todas as músicas no Spotify não renderam um único centavo. O relatório também destaca que 95% de todos os artistas na plataforma têm menos de mil ouvintes mensais, evidenciando a dificuldade dos novos nomes da música em se consolidar no streaming.



O crescimento do catálogo digital, impulsionado pela facilidade de distribuição, contrasta com a realidade brutal de um mercado onde a grande maioria dos lançamentos simplesmente se perde no oceano de conteúdo. Enquanto isso, os algoritmos continuam favorecendo os artistas já estabelecidos, tornando a visibilidade um desafio ainda maior para os novos talentos.


O que pode ser feito?


Especialistas sugerem que plataformas de streaming e a indústria musical como um todo precisam repensar seus modelos de negócios para garantir que os artistas sejam devidamente remunerados. Além disso, iniciativas que promovam a descoberta de novos talentos e a diversidade musical são essenciais para equilibrar o jogo.


Enquanto isso, os artistas continuam a buscar alternativas, como vendas diretas, crowdfunding e shows ao vivo, para complementar sua renda e manter suas carreiras vivas.

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