O Spotify se comparou à Tower Records, uma das maiores redes de venda de CDs no auge da era física da música
O Spotify revelou que pagou US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 49,7 bilhões) em royalties à indústria musical em 2024, o maior valor já distribuído por uma plataforma de streaming em um único ano. De acordo com o relatório divulgado pela empresa, 1.500 artistas ganharam mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,97 milhões) em royalties, um aumento significativo em comparação com os US$ 1 bilhão (R$ 4,97 bilhões) pagos em 2017.
O Spotify se comparou à Tower Records, uma das maiores redes de venda de CDs no auge da era física da música, destacando seu papel como um dos principais impulsionadores da receita da indústria musical na era digital. No entanto, o anúncio ocorre em meio a críticas persistentes de artistas e profissionais do setor sobre os valores pagos por streamings.
No início deste ano, compositores indicados ao Grammy, como Jessi Alexander, Amy Allen, Jessie Jo Dillon e RAYE, decidiram boicotar a festa de comemoração do Spotify durante a cerimônia, em protesto contra os baixos rendimentos gerados pelas plataformas de streaming.
Apesar disso, o Spotify afirmou que os royalties são pagos aos detentores de direitos, mas a empresa não tem controle sobre como o dinheiro é distribuído, já que isso depende dos contratos individuais dos artistas com suas gravadoras.
O debate sobre a remuneração justa na era do streaming continua aquecido, com muitos artistas argumentando que as plataformas precisam revisar seus modelos de pagamento para garantir que criadores e compositores recebam uma parcela mais significativa dos lucros. Enquanto isso, o Spotify segue investindo em ferramentas para artistas independentes, como o programa "Loud & Clear", que busca aumentar a transparência sobre os pagamentos de royalties.
No entanto, o Spotify disse que paga royalties aos detentores de direitos, explicando que não tem “visibilidade” sobre para onde o dinheiro vai, pois depende dos contratos individuais dos artistas com suas gravadoras – de acordo com a BBC News.
Um porta-voz disse: “O Spotify não paga artistas ou compositores diretamente. Nós pagamos detentores de direitos, que são geralmente gravadoras, editoras musicais, sociedades de arrecadação. Esses detentores de direitos então pagam artistas e compositores com base em seus acordos individuais.”
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