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Soundgarden finalmente entra para o Hall da Fama do Rock: uma vitória para o grunge e para a história

O Hall da Fama do Rock abriu espaço pra quem sempre foi grande. O grunge sombrio e imortal do Soundgarden agora é, oficialmente, história viva

Chris Cornell do Soundgarden
Crédito: Buda Mendes/Getty Images

Era inevitável — e agora é real. O Soundgarden foi confirmado, nesta segunda-feira (28), como um dos novos membros do Hall da Fama do Rock and Roll em 2025. O anúncio veio direto do último episódio do American Idol, e pouco depois as redes sociais foram tomadas por comemorações que pareciam engasgadas há tempos. É o reconhecimento que uma das bandas mais viscerais dos anos 90 merecia — e que demorou para chegar.



Chris Cornell, Kim Thayil, Matt Cameron e Ben Shepherd não apenas tocaram, eles mudaram o curso da música pesada. O Soundgarden sempre foi a alma inquieta do grunge, aquele lado mais sombrio, mais denso, que puxava o rock para as entranhas da dúvida e da dor — e ainda assim, era gigantesco. A força da voz de Cornell, rasgando o céu como trovão, misturada aos riffs sujos e inteligentes de Thayil, criaram uma assinatura sonora que ninguém conseguiu replicar de verdade.


Entrar para o Hall da Fama é mais que um troféu simbólico. É a consagração de uma trajetória que não se vendeu, que preferiu a autenticidade à fórmula fácil. Em uma era onde o grunge explodiu e virou produto, o Soundgarden manteve a essência crua, pesada, cheia de camadas e humanidade. “Black Hole Sun” continua permanecendo até hoje, não como um hit nostálgico, mas como um hino de uma geração que se reconheceu no caos.



E ver o Soundgarden ser finalmente incluído é um acerto de contas. É entender que o rock não se escreve só com refrões grudentos ou poses de estrela — ele se constrói com alma, suor e a coragem de fazer arte sem pedir permissão.


A cerimônia rola dia 8 de novembro, no Peacock Theater, em Los Angeles, mas o brinde já pode ser feito agora. É a celebração de uma banda que soube fazer barulho e, ao mesmo tempo, silêncio. Que soube quebrar barreiras e tocar onde mais dói — no fundo do peito.


Soundgarden no Hall da Fama. Finalmente. Era pra acontecer. E aconteceu.





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