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Seis discos para compreender e conhecer Bruce Springsteen, o "The Boss" da música

Na coluna 'Artistas que Amamos', seis discos do genial Bruce Springsteen


Antes de tudo, é preciso dizer que essa lista não tem o intuito de eleger os melhores discos do artista. São obras importantes que abrangem o legado e a relevância do cantor que fez e ainda faz muita diferença para a história da música mundial.


Bruce Springsteen nasceu no dia 23 de setembro de 1949 na cidade de Long Branch, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Mas passou sua infância e adolescência em Freehold Borough, também no estado de Nova Jersey. Desde muito pequeno, iniciou seu caminho na arte e poesia, onde aos 13 anos ganhou seu primeiro violão e aos 16 compôs “The Wish”.


Até assinar com a Columbia Records e iniciar sua carreira, ele tocou em uma banda chamada Steel Mill, após esse período, formou com amigos, entre eles o guitarrista Steven Van Zandt e o saxofonista Clarence Clemons, a E Street Band. O grupo tinha intuito de tocar com alguns músicos renomados em seus shows e passou a ser peça fundamental da excelente discografia do “The Boss”. Nesta lista seis ótimos discos que demonstram um artista inquieto com seu som e pensamento.

 

"Born To Run" de 1975


O primeiro disco de Bruce foi “Greetings from Asbury Park, N.J.” lançado em 1972, mas foi com “Born To Run” de 1975, que ele se tornou conhecido nos Estados Unidos, seu país de origem, ao apresentar uma mistura de Folk com Rock e Pop. O disco possui elementos de Bob Dylan, o que trouxe para sonoridade do álbum uma atmosfera envolvente e tão boa quanto as bandas de rock da Inglaterra. Com canções que abordam os aspectos sociais do país americano, letras reflexivas que tornam esse registro um dos melhores na trajetória do soberbo "The Boss".


 

"Darkness on the Edge of Town" de 1978

Quando Bruce estava no auge de sua carreira, a Columbia queria que rapidamente o músico gravasse um novo disco. Isso gerou um impasse, e foi aí que surgiu o apelido de “The Boss”, pois ele mostrou para gravadora que não era bem assim que as coisas funcionavam, e ele iria gravar o disco no momento certo. Confusões a parte, 'Darkness On The Edge Of Town' chegou ao mundo em 1978.


Um disco que manteve seu brilhantismo e sua estrela acesa, mesmo diante de um cenário dominado pelo punk e a disco music. Bruce apresentou um álbum com canções sobre as condições humanas, letras impactantes e ritmos embasados pelo rock de estádios. Entre as pérolas preciosas desse registro estão "Badlands" e "Rancing In The Street".


 

"The River" de 1980


Em 1980, “The Boss” quis inovar o mercado novamente, dessa vez ele entrou na década de 80 lançando 'The River' um disco de estúdio em formato duplo. O trabalho é admirado por trazer músicas focando em temas profundos como: meio ambiente, histórias de vidas e a exploração de sentimentos íntimos que reforçam o uso de poesias e crônicas musicais. Um disco feito pelo coração sobre as adversidades que a vida nos impõe em certos momentos.


A faixa-título é uma prova dessa contextualização. Bruce escreveu "The River" em homenagem a sua irmã Virginia que engravidou aos 17 anos e precisou enfrentar as dificuldades da vida logo cedo. Um trabalho bem mais conciso, com belas letras. Um Bruce mais maduro em relação aos discos anteriores. Porém, 'The River' mantém a simplicidade do começo. Um disco que conectou ainda mais o artista com seus fãs.


 

"Born In The U.S.A" de 1984


Em 1982, Bruce havia lançado 'Nebraska' um disco que marcou algo na sua vida, a depressão. As músicas do disco abordam as tristezas dessa fase melancólica. Durante a gravação do trabalho, Bruce manifestou a vontade de escrever músicas de protestos contra autoritarismo, contra a guerra, e que exaltasse a forca e garra dos trabalhadores do mundo.


Nasce assim, o revolucionário 'Born In The U.S.A.', o trabalho mais conhecido do músico. Canções mais pop, videoclipes emblemáticos e uma mensagem pacifista emanada em suas letras. Um dos maiores discos da história da música que conquistou o destaque internacional. Canções como a faixa-título, "Cover Me" e "Dancing In The Dark" se tornaram verdadeiros hinos do rock.


 

"Human Touch" de 1992

Para compreender esse trabalho é preciso voltar uns anos antes. Em 1987 ele havia lançado 'Tunnel Of Love' que apesar do carinho dos fãs, não fez tanto sucesso. E sua vida pessoal estava agitada, pois em 1989 ele se divorciou de Julianne Phillips para se casar com sua colega de banda na E Street Band, Patti Scialfa em 1991, com quem tem um casamento feliz até os dias de hoje. Em 1992 cheio de inspiração ele lança dois discos 'Lucky Town' e 'Human Touch'.


'Human Touch' pode não ter grandes canções expressivas, mas, sua faixa título fez muito sucesso na década de 90. O disco apresenta um Bruce com uma abordagem mais íntima e romântica. Esse é aquele trabalho que exige um pouco mais de atenção do ouvinte, com elementos de um rock potente e sem tanto apelo emotivo e depressivo, o disco chegou a ficar por alguns momentos lado a lado com grandes álbuns de Grunge e de Hard Rock nas paradas musicais.


 

"The Rising" de 2002


Após o ano de 1992, Bruce teve alguns momentos importantes na carreira que foi: ter gravado e lançado em 1993 seu prestigiado “Unplugged” pela MTV, ter ganho em 1994 o Oscar de melhor trilha sonora pela música “Streets Of Philadelphia” que faz parte da trilha sonora do ótimo filme Filadélfia. Além disso, ele lançou em 1995 seu primeiro 'Greatest Hits' e no mesmo ano, o disco 'The Ghost of Tom Joad'. Em 1999 foi introduzido ao Rock And Roll Hall Of Fame.


Com isso, pode-se dizer que de 1995 até 2002, ele ficou bem recluso, porém com os atentados de 11 de setembro de 2001, e os fãs com saudades de um novo trabalho dele, ele lançou o maravilhoso 'The Rising'. Um Bruce preocupado com as desigualdades sociais do mundo. Um registro emblemático e um retorno comovente e cativante. As canções de 'The Rising' exalam esperança, sonhos e o posicionamento político de Bruce.


As canções de Bruce Springsteen são muito mais do que as vivências de um astro do rock. São discos para quem sonha, trabalha, para pais e filhos, para quem ama ou vive só e para qualquer um que alguma vez já tenha mergulhado nas águas contagiantes da cultura pop.


 

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