Rage Against The Machine denuncia perseguição a imigrantes nos EUA e culpa tanto republicanos quanto democratas
- Marcello Almeida
- 26 de jun.
- 2 min de leitura
“Nenhum governo em terras roubadas deve decidir quem vive e quem morre”, diz a banda em postagem contundente

O Rage Against The Machine voltou a mirar seu fogo contra o sistema — e desta vez, ninguém saiu ileso. Em uma publicação recente nas redes sociais, a banda criticou abertamente tanto os republicanos quanto os democratas pelas ações violentas e sistemáticas do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA), que vem realizando batidas em locais de trabalho por todo o país com o objetivo de deportar o maior número possível de pessoas.
A denúncia aponta para uma perseguição que ultrapassa fronteiras políticas e fere diretamente os direitos humanos. Em cidades como Los Angeles, os protestos explodiram após a ação do ICE, e o então presidente Donald Trump respondeu com envio da Guarda Nacional às ruas. Para o RATM, a raiz do problema é mais profunda:
“Nos EUA, ambos os principais partidos são responsáveis pelas políticas militarizadas de fronteira que visam e criminalizam migrantes e refugiados.”
A banda ainda reforçou que:
“Travam guerras e impõem políticas econômicas destrutivas que resultam diretamente na migração de pessoas em busca de segurança e asilo”, e lembrou que “após o 11 de setembro, o orçamento para o ICE e para o CBP (Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras) aumentou quase 300%”.
O recado mais forte, no entanto, veio no desfecho do comunicado:
“Isso intensificou o terror racista em comunidades que já sofrem com a separação de famílias, detenção, deportação e o uso de ‘prisões digitais’ por meio de monitoramento eletrônico. Nenhum governo em terras roubadas deve ter o poder de decidir quem é ‘legal’ e quem é ‘ilegal’, ou quem vive e quem morre.”
Zack de la Rocha, vocalista do grupo e figura marcante no ativismo latino e antifascista, também reforçou a mensagem de forma visual e direta. Em parceria com a marca Born X Raised, ele lançou uma linha de produtos com mensagens como “Proteja Los Angeles” e “Lute por aqueles que não podem”.
Zack posou com a camiseta em fotos divulgadas no Instagram da marca. Toda a renda será revertida para a CHIRLA (Coalition for Humane Immigrant Rights), que atua na defesa dos direitos civis e humanos de imigrantes e refugiados.
A música pode até silenciar entre um disco e outro — mas a luta do Rage Against The Machine nunca tira folga.
Veja abaixo a publicação na íntegra.
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