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Polícia desmantela plano de atentado no show de Lady Gaga em Copacabana

Rede extremista pretendia atacar o público com motivações terroristas e religiosas

CRÉDITO: Kevin Mazur/Getty Images para Live Nation
CRÉDITO: Kevin Mazur/Getty Images para Live Nation

Uma trama macabra quase transformou o maior espetáculo musical do ano — que reuniu mais de 2 milhões de pessoas na Praia de Copacabana — em uma tragédia. A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarmou um atentado a bomba que seria executado durante o show de Lady Gaga, na noite de sábado (3), revelando uma rede extremista com discurso de ódio voltado especialmente a crianças, adolescentes e ao público LGBTQIA+.



As investigações começaram com o monitoramento de fóruns virtuais, onde planos de ataque eram trocados sob o disfarce de “desafios” e “provações”. O líder do grupo, já conhecido por publicações radicais, prometia realizar um “sacrifício ritual” em resposta àquilo que chamava de “influência satânica” da cantora.


A operação, batizada de Fake Monster, foi conduzida em parceria com o Ministério da Justiça e mobilizou forças especializadas em crimes cibernéticos, antiterrorismo e proteção à infância. Ao todo, nove pessoas foram alvo de mandados de busca e apreensão em quatro estados. Entre os envolvidos estavam um adolescente que armazenava pornografia infantil, no Rio de Janeiro, e um homem flagrado com arma ilegal no Rio Grande do Sul.



De acordo com a Polícia Civil, o grupo usava plataformas digitais para recrutar jovens e difundir mensagens violentas, incitação ao suicídio, pedofilia e teorias conspiratórias de fundo religioso.



“Não estamos falando apenas de discurso de ódio, mas de uma ação concreta com o objetivo de causar terror — simbólico e físico — em larga escala”, declarou um agente envolvido nas investigações.


O ponto mais alarmante, segundo as autoridades, foi a descoberta de instruções para a fabricação de artefatos explosivos improvisados, como coquetéis molotov, compartilhadas em grupos fechados. O plano era motivado por uma mistura de fanatismo religioso, busca por visibilidade e uma crença distorcida em “missões purificadoras”.


O principal suspeito, que dizia estar em “guerra espiritual” contra Lady Gaga, foi localizado em Macaé (RJ) e admitiu que planejava agir durante a apresentação. Ele será indiciado por terrorismo e incitação ao crime. Pela lei brasileira, a punição pode ser aplicada mesmo sem a concretização do atentado, pois os atos preparatórios já configuram crime.

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