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Foto do escritorMarcello Almeida

O diretor de 'As Aventuras de José e Durval' fala sobre o processo de seleção das músicas para série

A produção estreia no Globoplay a partir do dia 18 de agosto.

Foto: Bob Paulino/TV Globo


Clássicos como "Evidências," "Fio de Cabelo," "Sinônimos," e "Galopeira" são apenas algumas das músicas que marcam a trajetória de sucesso de Chitãozinho & Xororó. Porém, para a trilha sonora da série semibiográfica As Aventuras de José e Durval, a equipe de produção teve a tarefa de utilizar essas músicas como referências cronológicas na carreira dos protagonistas, indo além dos hits mais conhecidos.


“[Foi] um desafio muito grande”, disse Hugo Prata, diretor-geral da atração, sobre a curadoria de músicas feita por ele e pelos roteiristas Diogo Leite, Duda de Almeida, Dan Rossetto e Rafael Lessa. “Porque não são só os hits [que vão para a série]. A gente precisou elencar as canções que levam a nossa história para frente. (...) Não adianta ser o hit, só. Não pode parar o episódio só para entrar uma canção. Então, tem que estar naquele ano, tem que ter a intenção daquele episódio, daquela história, tanto na letra quanto no andamento e no arranjo”, explicou o cineasta. (Via Omelete).


Prata também enfatizou o papel fundamental de Rossetto como o principal responsável pela seleção da trilha sonora. O roteirista desempenhou um papel central na liderança da equipe de produção na definição das escolhas musicais. “De nós todos, ele foi o mais inquieto em validar [as músicas escolhidas], foi fundamental.


Essa não foi a primeira ocasião em que Prata teve que enfrentar esse "processo de seleção musical" em uma cinebiografia de ícones nacionais, já que também dirigiu Elis: Viver É Melhor que Sonhar em 2019. Segundo o diretor-geral, contar histórias tão amplamente reconhecidas sempre traz consigo uma carga de pressão. "A apreensão minha, do Rafa [Lessa, principal roteirista da série], de todos os roteiristas e, acredito, de toda a equipe [de produção], era de prestar uma homenagem digna a esses personagens." Para Prata, a escolha dos momentos a serem retratados da vida dos protagonistas também representou um desafio. "Não é viável abordar a vida completa de uma pessoa. Portanto, qual direção tomar após essa decisão [narrativa]? Quais eventos desta biografia contribuem para construir essa história que optamos por contar?"



No entanto, ao contrário do que ocorreu com Elis, os protagonistas de As Aventuras de José e Durval ainda estão vivos. Prata fez a opção de manter um distanciamento saudável de Chitãozinho e Xororó durante todo o processo de produção, mantendo a dupla separada da série até que ela estivesse finalizada. "Estabelecemos uma barreira, por assim dizer, entre nós. Acredito que essa abordagem tenha sido um dos fatores que nos conduziu a encerrar a série em 1990, para não nos aproximarmos excessivamente deles."


A gente tinha que esquecer que eles estão aí, porque senão a gente ia ficar louco e, da parte deles, foi sensacional, porque eles também nos deram essa liberdade”, contou Prata. “Eles não acompanharam [as filmagens], não leram os episódios. A gente escreveu e filmou e eles não sabiam que a gente fez. Eles foram assistir só depois de pronto (...). Então, acho que tem que ter essa separação entre realidade e a nossa ficção.” (Via Omelete).


A série As Aventuras de José e Durval é dirigida por Hugo Prata, conhecido por seu trabalho em Elis: Viver É Melhor que Sonhar, e tem como equipe de roteiristas Diogo Leite, Duda de Almeida, Dan Rossetto e Rafael Lessa. Além dos atores Rodrigo e Felipe Simas nos papéis de Chitãozinho/José e Xororó/Durval, o elenco inclui Andréia Horta, Marco Ricca, Marjorie Gerardi e Larissa Ferrara. Os jovens atores Pedro Tirolli e Pedro Lucas interpretam os cantores durante a fase da infância.


A aguardada série está programada para estrear no Globoplay em 18 de agosto.

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