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Nova IA do ChatGPT gera imagens no estilo do Studio Ghibli e reacende polêmica sobre direitos autorais

A repercussão do caso reforça o debate sobre os limites da IA na arte e o impacto da tecnologia na indústria criativa

Meme com o apresentador Faustão recriado no estilo do Studio Ghibli no ChatGPT
Meme com o apresentador Faustão recriado no estilo do Studio Ghibli no ChatGPT — Foto: Reprodução X

A nova IA geradora de imagens do ChatGPT, lançada na última terça-feira (25), viralizou rapidamente e dominou as redes sociais. Usuários no X (antigo Twitter) e no Instagram compartilharam criações inspiradas no Studio Ghibli, famoso por clássicos como Meu Amigo Totoro e A Viagem de Chihiro.



A febre foi tanta que, segundo o CEO da OpenAI, Sam Altman, a demanda sobrecarregou a infraestrutura da empresa. Ao mesmo tempo, a novidade reacendeu debates sobre direitos autorais e o uso de criações protegidas na inteligência artificial generativa.


Como funciona a nova IA do ChatGPT?


O novo modelo 4o do ChatGPT permite que usuários modifiquem o estilo de uma imagem já existente. Isso possibilitou que muitas pessoas transformassem fotos reais em ilustrações com traços de anime e tons de sépia, remetendo à estética dos filmes do Studio Ghibli.


O processo é simples: basta enviar uma imagem ao ChatGPT e usar um prompt como “recrie esta imagem no estilo do Studio Ghibli”. Em poucos minutos, a IA gera uma versão estilizada. O recurso, no entanto, está disponível para assinantes da versão paga do ChatGPT e, de modo limitado, para não assinantes.



Sucesso estrondoso e problemas nos servidores


A tendência tomou conta das redes e foi amplamente promovida por líderes da OpenAI. O presidente da empresa, Greg Brockman, compartilhou algumas imagens no X, enquanto Sam Altman chegou a mudar sua foto de perfil para uma versão criada pela IA.


No entanto, a explosão de usuários testando a ferramenta sobrecarregou os servidores da OpenAI. Na quarta-feira (26), Altman anunciou que o lançamento da IA para a versão gratuita precisaria ser adiado devido à alta demanda. Já na quinta (27), o CEO revelou que as GPUs da empresa estavam “derretendo” com o volume de requisições.


Com isso, a OpenAI estabeleceu limites de uso: usuários da versão gratuita do ChatGPT poderão testar o modelo 4o futuramente, mas com restrições de até três gerações por dia.


Direitos autorais e a opinião de Hayao Miyazaki

Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução

A nova funcionalidade também reacendeu a polêmica sobre direitos autorais na IA generativa. Muitos questionam se o modelo da OpenAI utilizou obras do Studio Ghibli para seu treinamento, já que as imagens geradas trazem elementos visuais característicos do estúdio japonês. Até o momento, a empresa não divulgou quais materiais foram usados no processo.


Além disso, usuários recuperaram uma fala do lendário cineasta e cofundador do Studio Ghibli, Hayao Miyazaki. Em 2016, ao assistir a uma demonstração de uma IA de animação, o diretor criticou duramente a tecnologia:


“Isso é um insulto para a vida como um todo. Espero nunca incorporar essa tecnologia no meu trabalho.”


A repercussão do caso reforça o debate sobre os limites da IA na arte e o impacto da tecnologia na indústria criativa.

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