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El Escama lança “ESSE É MEU ÚLTIMO DISCO” e expõe o absurdo da era digital



Um disco de rock que observa o caos das redes sociais

El Escama
Imagem: Reprodução

Esse é meu último disco.” Você clica. E, sim, foi um clickbait. Mas não um qualquer. A isca tem um propósito — e, no caso do novo álbum de El Escama, um conceito inteiro amarrado na ironia.


Lançado pelo selo Studio 7, o segundo trabalho do artista chega às plataformas com 12 faixas que exploram as contradições da era digital. Um disco de rock que observa o caos das redes sociais, o sensacionalismo e a superficialidade dos debates enquanto tudo acontece numa avalanche de estímulos.


O próprio Escama explica:


“Quando vi que, na segunda ou terceira composição, estava falando somente sobre redes sociais, aceitei esse assunto como tema do álbum de alguma maneira. Talvez isso dê ao disco um status de ‘conceitual’ ou algo assim.”



Entre algoritmos e guitarras distorcidas


O projeto começou a ser divulgado em agosto com “Suspensão Voluntária da Descrença”, seguida por “Estilhaços” em setembro e “Na Esquina” em dezembro. Agora, chega acompanhado de mais nove inéditas, incluindo “Vale da Estranheza”, um rock de refrão visceral que traduz bem o tom do disco.


O álbum também conta com participações especiais, como Eduardo Pavloski em “Na Sua Bolha”, além das colaborações de Pedro Mello, Emílio Mizão, Gui Jesus Toledo e Felipe Faraco na produção e nos arranjos. Gravado em três estúdios diferentes, o trabalho abraça novas camadas sonoras, com teclados, programações eletrônicas e guitarras carregadas de efeitos, expandindo o universo sonoro do artista.


Para Escama, a gênese do disco está diretamente ligada ao isolamento da pandemia:


“Durante a pandemia todo o mundo meio que se afundou no uso das redes sociais, cursos online, essas coisas. Eu voltei a estudar violão e, pra memorizar melhor as lições, procurei escrever uma música nova a cada aprendizado. Foi assim que nasceu grande parte do repertório deste meu segundo disco.”




O clickbait como metáfora


E o nome? Bom, ele tem tudo a ver com a proposta do álbum. “A minha visão sobre as redes sociais e do nosso comportamento enquanto usuários não é positiva. Logo, um clickbait fez todo o sentido na intenção de evidenciar o tom crítico e irônico contido nas canções.”


No fim das contas, “ESSE É MEU ÚLTIMO DISCO” é um reflexo de seu tempo. Um disco que entende e satiriza os vícios do mundo digital enquanto se apropria da linguagem que ele criou. É rock, é provocação, é um espelho — distorcido, como toda boa guitarra deveria ser.



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