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Chris Robinson relembra os espetáculos mais violentos com o Black Crowes

Atualizado: 28 de fev.

Chris Robinson compartilhou detalhes sobre dois dos shows mais marcantes na trajetória da banda.

Chris Robinson
Erika Goldring, Getty Images


O primeiro ocorreu em 1991, quando sua banda se apresentou como parte do festival Monsters of Rock em Moscou, dividindo o palco com Metallica, Pantera e AC/DC. Este evento aconteceu durante o colapso da União Soviética, criando um clima tenso. Robinson recordou, durante sua participação no programa Club Random com Bill Maher, a presença militar que permeava todo o ambiente.


Eles bombardearam o prédio, recordou Robinson, destacando que a plateia foi estimada em cerca de um milhão de pessoas. Dentro da massa de pessoas, os oficiais queriam formar algumas áreas. Então, como eles fizeram isso? Bateram nas pessoas com cassetetes até que pudessem – ambos os lados, brigando, cavando buracos em direção um ao outro. E naquele dia, eu levei um chute."



A situação instável não se limitava ao ambiente; ela também impactava os próprios artistas - uma lição que Robinson aprendeu da maneira mais difícil.


Havia milhões de pessoas nos bastidores, soldados por quilômetros e policiais. "Eu não conseguia encontrar um banheiro. Então eu dou a volta em tudo isso – há, sabe, 38 caminhões ali. Eu vou para onde não vejo ninguém.


O músico tentou discretamente aliviar-se, mas logo se viu diante de um guarda armado. Eu faço xixi atrás desse caminhão, olho para cima e vejo um cara com um rifle e aquele longo casaco verde russo. Ele começou a gritar em russo. Eu fico tipo, 'Eu não sei o que você está dizendo'. "E ele simplesmente vem por trás de mim e me chuta com força na parte inferior das costas. Eu ainda estou fazendo xixi. E ele está gritando comigo e segurando o rifle. E eu levanto minhas calças.



Robinson teve outra experiência desagradável, mas agora no Chile, cinco anos depois. Novamente, um momento assustador quando o Black Crowes estava tocando, abrindo para Jimmy Page e Robert Plant. Mais uma vez, era uma época tumultuada, essa marcada pela fase final do governo do ditador militar Augusto Pinochet.


"Foi estranho. Foi muito estranho. Todo mundo estava naquele concerto. O país inteiro, era o primeiro show de rock. E eu não percebi isso. Mas tenho uma foto com El Comandante, esse cara todo vestido, como um figurino de república das bananas."


De acordo com Robinson, um oficial militar de alto escalão se aproximou da banda e solicitou uma foto, gerando um momento desconfortável.


Ele vem aos bastidores e tem, tipo, caras do exército. Ele diz, 'Eu quero tirar uma foto', explicou Robinson. "E tiramos as fotos e depois o cara segura a arma e age como se estivesse me matando. E eu tirei uma foto. Foi engraçado, mas não foi exatamente engraçado."


Mais tarde, toda a banda subiu até o topo do estádio assim que os fãs estavam sendo liberados para entrar. Nunca vi isso. Alguém disse, 'Deixe o público entrar.' Então abriram os portões do estádio e as pessoas começaram a entrar. A cena rapidamente se tornou violenta.


Eles tentaram fechar esses portões e estávamos no topo do estádio e talvez tinham, eu não sei, 10, 12 caras a cavalo com essas varas enormes, realmente longas. E eles cavalgaram nesses cavalos em direção a essas pessoas e começaram a chicoteá-las, lembrou Robinson. E isso é uma das coisas mais violentas que já vi.

 

 

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