Cazuza será o grande homenageado da 33ª edição do Prêmio da Música Brasileira em 2026
- Marcello Almeida
- 23 de jun.
- 3 min de leitura
Conselho do prêmio aprovou nome por unanimidade e promete um espetáculo à altura da ousadia e genialidade do cantor

O Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira, um dos mais importantes reconhecimentos da cena nacional, já tem seu homenageado de 2026: Cazuza. O anúncio foi feito após uma reunião do Conselho do Prêmio, realizada em junho no Rio de Janeiro, e a notícia foi levada diretamente à mãe do artista, Lucinha Araújo, em um telefonema coletivo dos conselheiros — recebido com emoção e entusiasmo.
A escolha do nome de Cazuza foi aprovada por unanimidade por um time de peso formado por Zé Mauricio Machline, idealizador do prêmio, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Zélia Duncan (em sua estreia no conselho), Karol Conká, Antônio Carlos Miguel e Giovanna Machline.
“Celebrar Cazuza é celebrar a coragem, a liberdade e a potência de uma obra que segue viva e necessária”, declarou Zé Mauricio, ao anunciar a homenagem.
Gilberto Gil destacou a relevância do Conselho do Prêmio como uma iniciativa fundamental para a valorização da música brasileira.
“Me sinto muito bem fazendo parte deste Conselho. A música sempre esteve no centro da minha vida, e estar ao lado de pessoas tão envolvidas e conscientes da responsabilidade que temos com a cultura brasileira é uma honra. São amigos, colegas, nomes que já fizeram parte dessa história e outros que estão chegando agora. Depois do Zé, sou o mais antigo por aqui, e é comovente ver como esse grupo continua unido pelo compromisso de reconhecer e celebrar a música do Brasil”, afirmou o artista.
Zélia Duncan, por sua vez, comentou sobre a escolha do homenageado deste ano e como o processo se dá de forma colaborativa.
“É um processo deliciosamente democrático, uma conversa em que cada um traz sua experiência, seu gosto, sua visão. Aqui é assim: é sobre música, a opinião de cada um, a experiência, o gosto, a visão e, finalmente, saber ouvir. Estou muito feliz com a escolha do Cazuza. Acho que é um ano importante, seu nome e obra merecem ser cada vez mais valorizados. E o Prêmio vai realizar exatamente isso, que a gente bote o Cazuza no colo”, declarou a cantora.
Com hits eternos como “Exagerado”, “O Tempo Não Para”, “Codinome Beija-Flor” e “Brasil”, Cazuza será o fio condutor do espetáculo de 2026, que promete releituras emocionantes e intensas de seu repertório por artistas de diversas gerações — reunindo a rebeldia poética do passado com a energia criativa do presente.
Além da homenagem, o prêmio seguirá com seu tradicional reconhecimento aos destaques da música atual, reforçando seu compromisso com a memória viva e a renovação artística do país.
Na edição de 2025, realizada no mês passado, os homenageados foram Chitãozinho & Xororó, e os prêmios refletiram a diversidade e a potência da música brasileira contemporânea:
• Black Pantera venceu na categoria Rock – Artista
• Planet Hemp levou Rock – Lançamento com “Baseado em Fatos Reais: 30 Anos de Fumaça”
• E na categoria Reggae, o prêmio de Melhor Artista foi para o Planta e Raiz
Com Cazuza no centro das atenções no ano que vem, o Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira promete uma noite de irreverência, emoção e celebração à liberdade de ser e criar — como ele sempre defendeu em vida.
Sobre o Prêmio
Criado em 1987, o Prêmio da Música Brasileira (PMB) se consolidou como uma das maiores homenagens à pluralidade e à força criativa da música nacional. Mais que uma premiação, é um reconhecimento aos artistas, compositores, produtores e profissionais que ajudam a construir a excelência sonora do Brasil. Ao celebrar o passado e apontar para o futuro, o PMB reafirma seu papel essencial na preservação da nossa identidade cultural, funcionando como uma plataforma de visibilidade, estímulo e valorização da música brasileira em todas as suas formas.
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