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Adeus a Mick Ralphs: o riff eterno do rock britânico se despede aos 81 anos

Lendário guitarrista e cofundador do Mott The Hoople e Bad Company, Mick Ralphs deixa um legado que seguirá ressoando por gerações

Mick Ralphs
Imagem: Victor Blackman/Getty Images

Morreu nesta segunda-feira, aos 81 anos, Mick Ralphs, um dos grandes arquitetos do rock britânico dos anos 70. Cofundador do Mott The Hoople e do Bad Company, Ralphs não era apenas um guitarrista brilhante — era autor de riffs e melodias que moldaram a alma do hard rock. Ele faleceu cercado por amor, deixando a parceira Susie Chavasse, dois filhos, três enteados e milhões de fãs espalhados pelo mundo.



A notícia abalou a comunidade musical, com homenagens emocionadas. Paul Rodgers, vocalista e parceiro inseparável no Bad Company, desabafou:


“Nosso Mick faleceu. Meu coração acabou de bater no chão. Ele nos deixou com músicas e memórias excepcionais. Ele era meu amigo, meu parceiro de composição, um guitarrista incrível e versátil que tinha o maior senso de humor. Nossa última conversa, há alguns dias, compartilhamos uma risada, mas não será a nossa última.”


Simon Kirke, baterista do Bad Company, também falou sobre a perda:


“Ele era um amigo querido, um compositor maravilhoso e um guitarrista excepcional. Sentiremos muita falta dele.”


De Mott The Hoople à eternidade do Bad Company


A jornada de Ralphs começou em meados dos anos 60, mas foi com o Mott The Hoople que ele começou a riscar o mapa do rock com fogo. Com clássicos como “All the Young Dudes” (produzido por David Bowie), ele já demonstrava uma habilidade única de equilibrar peso, elegância e alma.


Mas foi em 1973, ao fundar o Bad Company ao lado de Rodgers, Kirke e Boz Burrell (ex-King Crimson), que Ralphs cravou seu nome na história com mais força. A banda foi a primeira a assinar com o selo Swan Song, do Led Zeppelin, apadrinhada por ninguém menos que Peter Grant, lendário empresário da banda.



O álbum de estreia, lançado em 1974, foi um tiro certeiro: “Can’t Get Enough”, “Movin’ On”, “Rock Steady” e a atemporal “Bad Company” se tornaram hinos definitivos do rock clássico.


O silêncio após o último acorde


Ralphs se despediu dos palcos em outubro de 2016, após um show memorável na O2 Arena, em Londres. Pouco depois, sofreu um derrame que o afastou da vida pública até sua morte. Em 2025, o Bad Company será introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, num tributo mais do que merecido à trajetória de uma das bandas mais marcantes da era dourada do rock — e à genialidade discreta de Ralphs.


O som de sua guitarra não vai desaparecer. Seus acordes seguem pulsando em cada nova geração que descobre o poder e a sensibilidade escondidos em um riff bem construído.


Mick Ralphs morreu. Mas o som dele continua vivo.

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