10 livros lidos no 1º semestre de 2025 que merecem ser conhecidos, sentidos e compartilhados
- alexandre.tiago209
- 4 de jun.
- 3 min de leitura
A literatura tem um poder imenso: transformar quem lê e também o mundo ao redor

No primeiro semestre de 2025, este redator mergulhou em leituras que foram verdadeiros refúgios em meio à correria do cotidiano. Em tempos acelerados, ler tornou-se um ato de autocuidado, resistência e até cura. Escolhi obras que provocam, acolhem e transformam — livros que não apenas valem a leitura, mas também o compartilhamento.
A leitura amplia horizontes, fortalece a empatia e alimenta o pensamento crítico. Ao compartilhar livros, compartilhamos também experiências e afetos. Em vez de longas resenhas, foram feitas mini resenhas — breves, mas sentidas de 10 livros — para te inspirar, caro leitor, a descobrir (ou redescobrir) grandes histórias.
1. "Cometerra", de Dolores Reyes

Uma jovem com o dom de “ver” tragédias ao comer terra nos conduz por uma trama intensa, que mistura realismo mágico com denúncia social. A autora argentina Dolores Reyes entrega uma obra potente e poética, que grita contra a impunidade e o silenciamento de mulheres na América Latina.
2. "São Bernardo", de Graciliano Ramos

Publicado em 1934, o clássico de Graciliano Ramos revela o drama psicológico de Paulo Honório, um homem consumido pelo poder e pela solidão. Com linguagem direta e crítica, o livro expõe as contradições de um Brasil agrário, ainda atual.
3. "O Perigo de Uma História Única", de Chimamanda Ngozi Adichie

Com clareza e impacto, a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie nos alerta sobre os riscos de ver o mundo por uma única perspectiva. Baseado em sua palestra no TED, o texto é um convite poderoso à empatia, à pluralidade e à escuta ativa.
4. "A Revolução dos Bichos", de George Orwell

A fábula política do britânico George Orwell segue indispensável: animais se rebelam, mas o sonho de igualdade logo se transforma em autoritarismo. Uma crítica atemporal sobre poder, manipulação e a fragilidade das utopias.
5. "Ainda Estou Aqui", de Marcelo Rubens Paiva

Marcelo entrelaça memória pessoal e história do Brasil ao narrar a trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, e o desaparecimento do pai durante a ditadura militar. Uma narrativa tocante e corajosa sobre amor, perda e resistência.
6. "Holocausto Brasileiro", de Daniela Arbex

Com rigor jornalístico e literário e de profunda sensibilidade, Daniela Arbex denuncia os horrores vividos por milhares de pessoas no Hospital Colônia, em Barbacena, Minas Gerais. Um livro necessário, que clama por memória, empatia e justiça.
7. "Noites Brancas", de Fiódor Dostoiévski

Nesta novela lírica e melancólica, o autor russo Dostoiévski narra um encontro entre dois solitários sob as luzes noturnas de São Petersburgo, na Rússia. Uma história breve, mas cheia de emoções sobre sonhos, amores e desencontros.
8. "O Estrangeiro", de Albert Camus

O franco-argelino Albert Camus nos apresenta Meursault, um homem indiferente às convenções sociais. Com prosa seca e profunda, o autor questiona o sentido da existência em um mundo que exige respostas. Um clássico do existencialismo e da literatura do absurdo.
9. "Antologia Poética", de Mario Quintana

Com leveza e lirismo, Quintana transforma temas cotidianos em poesia encantadora. Seus versos refletem sobre o tempo, o amor e a infância, sempre com ironia e delicadeza. Um sopro de beleza para dias corridos.
10. "O Bem Amado", de Dias Gomes

Crítica política afiada com humor e inteligência. Odorico Paraguaçu, o prefeito obcecado por inaugurar um cemitério, representa o retrato cômico (e trágico) da política brasileira. Uma sátira atualíssima sobre poder e hipocrisia.
Cada uma dessas obras amplia o olhar sobre o mundo. Se você busca leituras que provocam, tocam e transformam, comece por aqui. Leia, compartilhe e incentive outras pessoas a fazerem o mesmo. Porque a literatura tem um poder imenso: transformar quem lê e também o mundo ao redor.
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